ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 30º

Cidades

Grupo arrecada medicamentos para tratamento de autismo que serão enviados ao RS

A medicação arrecadada será distribuída entre grupos de apoio que estão atuando em Canoas (RS)

Por Mylena Fraiha | 10/05/2024 16:28
Caixas de medicamentos para tratamento de TEA são recebidas por voluntários da Capital (Foto: Divulgação)
Caixas de medicamentos para tratamento de TEA são recebidas por voluntários da Capital (Foto: Divulgação)

Além de roupas e alimentos, voluntários de Campo Grande estão arrecadando medicamentos para o tratamento do TEA (transtorno do espectro autista), destinados às famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira (10), o grupo de voluntários conseguiu enviar 110 caixas de medicamentos, por intermédio da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

De acordo com uma das coordenadoras da ação, a advogada Raíssa Duailibi, a medicação arrecadada será distribuída entre grupos de apoio que estão atuando em Canoas (RS). A arrecadação seguirá por tempo indeterminado e conta com o apoio das associações AMA (Associação de Pais e Amigos do Autista), Guardião Azul e Juliano Varela.

“As primeiras arrecadações já foram feitas e entregues, mas inicialmente queremos arrecadar mais. A triagem está sendo realizada em meu escritório, onde verificamos a data de validade e separamos as medicações. Porém, nos grupos de apoio, uma nova triagem é realizada e eles fazem a distribuição”, explica Raíssa.

Entre as medicações psiquiátricas requisitadas e voltadas ao tratamento de TEA, estão: risperidona, aripiprazol, sertralina e depakene. Também estão sendo coletadas outras medicações, como: Doxiciclina 100 mg, Azitromicina 500 mg e a suspensão de 600mg, Amoxicilina 500mg, Novalgina gotas, insulinas, Aerolin, Corticoide comprimido, Rivotril 0,25 sublingual e Citalopram.

Além disso, materiais médicos, como gaze, soro fisiológico, seringas de tamanhos variados, agulhas, agulhas de insulina, álcool 70%, luvas, equipos para medicamentos injetáveis, micropore e fita crepe adesiva, também estão sendo coletados.

O ponto de coleta está localizado no consultório da médica pediatra, Dra. Amanda Coutinho, no Edifício Evidence, Rua Hélio Yoshiaki, 34, Sala 407; e no escritório da Dra. Raíssa Duailibi, na Rua Antônio Maria Coelho, 4970. Doações podem ser feitas das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. Para mais informações, entre em contato pelos seguintes números: 67-99228-7376 (Raíssa) e 67-98402-6632 (Amanda).

A orientação dada pelo CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10), é que os remédios doados sejam lacrados e novos.

Distribuição das medicações - Devido ao fato de serem medicações controladas, que só podem ser adquiridas mediante receita médica, Raíssa esclarece que a distribuição está sendo feita após avaliação de médicos voluntários.

"Existem médicos atuando de forma voluntária para fornecer essas receitas às famílias. A questão da receita não é difícil. O principal desafio é conseguir a medicação, é isso que está faltando. Quando a água começou a subir, eles não tiveram como pegar nada, então não conseguiram nem receita, nem medicação. Porém, quanto à receita, médicos de todo o Brasil estão fornecendo. O desafio real é a medicação, que foi completamente perdida", relata Raíssa.

Voluntárias recebem medicamentos de MS na Base Aérea de Canoas, no RS (Foto: Divulgação)
Voluntárias recebem medicamentos de MS na Base Aérea de Canoas, no RS (Foto: Divulgação)

Em Canoas, a voluntária Danielle Silveira explica que estão atendendo cerca de 40 crianças atípicas no prédio da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil). Ela reitera que as medicações só são liberadas mediante avaliação médica.

“Medicamentos só são entregues com uma prescrição médica. Temos muitos médicos aqui na ULBRA. Inclusive, quando as famílias chegaram, nós realizamos uma triagem, uma escuta, e muitos falaram que precisavam de medicamentos específicos. Aqui em nossa ala, temos crianças que tomam risperidona e também há questões de medicação para epilepsia. No entanto, todas essas medicações são entregues apenas mediante apresentação da receita”, relata Danielle.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias