ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 29º

Cidades

Inovação antidengue na Capital, não há previsão de Wolbachia para o interior

Ainda não há resultados consolidados, mas secretária de Saúde acredita que o método já se mostra eficaz

Por Cassia Modena | 16/02/2024 09:45
Wolbitos produzidos em biofábrica de Campo Grande, para combater mosquitos com vírus da dengue (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Wolbitos produzidos em biofábrica de Campo Grande, para combater mosquitos com vírus da dengue (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

À solta desde 2020 no céu de Campo Grande, mosquitos com a bactéria Wolbachia são arma inovadora contra a dengue que pode estar contribuindo para controlar o número de casos na Capital. Os resultados não estão consolidados pela equipe de pesquisadores que coordena o método, mas a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, aposta que o método já afasta epidemia da doença.

Além de Campo Grande, Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE) têm wolbitos, como são chamados os mosquitos, voando para fazer o controle do Aedes aegypti que carrega o vírus da dengue. A previsão é ampliar o programa, que está na fase final antes de possível incorporação ao SUS (Sistema Único de Saúde), mas ainda não para outros municípios de Mato Grosso do Sul.

Segundo a coordenação nacional do método Wolbachia, o Ministério da Saúde, responsável por essa ampliação, confirmou que irá levá-lo também para Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC).

Vacina ou mosquito? - O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, defende que é preciso ter os resultados definitivos quanto à Capital, para também se analisar se é interessante ou não os wolbitos chegarem ao interior de Mato Grosso do Sul.

Somente Campo Grande e as outras duas cidades brasileiras receberam investimento inicial total de R$ 22 milhões para colocar o programa em prática, segundo divulgado pelo Ministério da Saúde na época da primeira soltura.

O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, durante campanha contra a dengue realizada em dezembro do ano passado (Foto: Arquivo/Alex Machado)
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, durante campanha contra a dengue realizada em dezembro do ano passado (Foto: Arquivo/Alex Machado)

Para o secretário, por isso, é necessário comparar o que terá maior custo-benefício e é efetivo a curto e longo prazo em Mato Grosso do Sul, se o Wolbachia ou a vacinação. "Por enquanto, a mensagem é: vamos atuar da maneira que já sabemos que minimiza eventual epidemia, que é combatendo o criadouro dos mosquitos", disse.

A vacina contra a dengue foi incorporada ao SUS no ano passado, e começou a ser distribuída para 521 municípios prioritários no Brasil, na última quinta-feira (8), primeiro para imunizar crianças de 10 e 11 anos. Todas as cidades de Mato Grosso do Sul receberam doses e as disponibilizam.

Primeiro resultado - Cidade carioca que recebeu o plano-piloto do Wolbachia, Niterói teve os resultados divulgados nesta semana. São os primeiros em relação ao programa consolidados no Brasil.

Segundo a secretaria de Saúde do  município, houve redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica. Os casos foram caindo ano a ano desde 2015, ano da implantação do projeto.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias