Investigação contra "quadrilha" da saúde e educação começou em dezembro
Há quase 1 ano, durante "Operação Parasita", foi constatada fraude na venda de produtos ao Hospital Regional
A Operação Turn Off, deflagrada nesta quarta-feira (29), voltada ao cumprimento de 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, é decorrente da “Operação Parasita”, deflagrada em 7 dezembro de 2022 pelo MPE/MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), por meio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Ação há quase um ano apurou crimes de associação criminosa, licitação, emissão de notas fiscais falsas, falsidade ideológica e peculato, com a simulação de procedimentos de compra e venda de produtos que nunca foram entregues ao HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), o que proporcionou o desvio de dinheiro público e o pagamento e recebimento de propina.
À época, o Gaeco cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e em Itajaí/SC, expedidos pelo Poder Judiciário da comarca de Campo Grande/MS.
Durante a operação em dezembro de 2022, o ex-servidor do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul e três empresários da Cirumed Comércio Ltda foram denunciados em ação de improbidade administrativa por fraudarem notas fiscais e desviarem, entre 2016 e 2019, R$ 12.014.362,10 em recursos destinados à unidade hospitalar, que atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Rehder Batista dos Santos, ex-coordenador de logística e suprimentos e ex-diretor administrativo e financeiro do HRMS, juntamente a Aurélio Nogueira Costa, Clarice Alovisi Costa e Claudenir Donizete Comisso, da Cirumed, foram denunciados pela 29ª Promotoria de Justiça que em investigação identificou as fraudes. O grupo foi alvo, em 7 de dezembro do ano passado, da Operação Parasita, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
A ação, no período de três anos, entre 1º de setembro de 2016 a 31 de outubro de 2019, a Cirumed, com aval de Rehder dentro do hospital, “emitiu 45 notas fiscais simuladas, inserindo declarações inverídicas, aduzindo falsamente a venda de produtos hospitalares ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul”.
O esquema era o seguinte: pedidos de medicamentos ou insumos eram feitos junto à empresa que prestava serviço ao hospital, registrava-se isso no sistema interno, de forma virtual, mas os produtos nunca chegavam. Posteriormente, davam baixa a esses itens, como se tivessem sido entregues ou emprestados de volta à Cirumed e, então, emitia-se nota fiscal, o que garantia o pagamento ao fornecedor.
Hoje, em consequência do que se apurou em dezembro, até agora sete pessoas foram presas, incluindo o atual secretário adjunto de Educação e o ex-superintendente de comunicação do Estado.
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