Investigação do Gaeco frustra posse de delegado como juiz
A nova lista com 13 nomeados foi divulgada no Diário da Justiça desta quarta-feira
Aprovado em concurso público para o cargo de juiz substituto, com vencimentos iniciais de R$ 27.363,98 realizado no ano passado pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o nome do delegado da Polícia Civil Patrick Linares da Costa, investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), foi excluído da posse dos convocados, marcada paras às 17h desta quarta-feira (27).
A portaria assinada pelo desembargador Carlos Eduardo Contar, presidente do TJMS, com os 13 nomeados foi divulgada no Diário da Justiça de hoje. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça foi procurada ontem e ainda não se manifestou sobre o assunto. Como delegado, os valores recebidos por Patrick são de 24.856,20, segundo o portal da transparência.
Ontem (dia 26), a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) oficializou o afastamento do delegado, que chefiava a 2ª DP de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. O afastamento foi determinado no âmbito da Operação Codicia ("ganância" em espanhol) pelo juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, onde tramita a ação penal do caso.
Patrick é um dos policiais civis (da ativa e aposentados) que são investigados pelo Gaeco por suspeita de cobrança de propina para devolução de veículos em poder da Polícia Civil em Ponta Porã. O afastamento administrativo do delegado vale enquanto perdurar a medida imposta pela Justiça.
Foi determinado o recolhimento das armas, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público. Também foram suspensas suas senhas e logins de acesso aos bancos de dados da polícia, férias e avaliação para fins de promoção.