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Cidades

Justiça de Portugal condena 7 homens ligados ao ex-major Carvalho por tráfico

A condenação refere-se a flagrante de tráfico de 2019 em barco pesqueiro, no Oceano Atlântico

Maristela Brunetto | 15/05/2023 09:38
O ex-major da PM de Mato Grosso do Sul foi preso no ano passado na Hungria. (Foto: Arquivo)
O ex-major da PM de Mato Grosso do Sul foi preso no ano passado na Hungria. (Foto: Arquivo)

Sete brasileiros apontados como homens ligados ao ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, de 64 anos, foram condenados por tráfico de drogas pela Justiça portuguesa, em Lisboa. A sentença refere-se a um flagrante ocorrido em 22 de maio de 2019, quando foi apreendida uma tonelada de cocaína no Oceano Atlântico, na região de Cabo Verde, a cerca de 4 mil quilômetros da capital de Portugal.

A droga estava em uma embarcação de pesca; a Polícia Federal brasileira havia alertado as autoridades portuguesas da suspeita de que ela estava sendo usada para o transporte de entorpecentes pela quadrilha do ex-major. Houve a abordagem por fuzileiros portugueses, que encontraram os sete brasileiros e fizeram a apreensão, estimada em 44 milhões de euros.

Os brasileiros condenados são Edmilson Miranda Gomes, 59, Francisco Gomes Barbosa, 43, Marcos Antônio Teófilo da Silva, 48, José Bezerra Pereira, 68, Janilton Sousa da Rocha, 41, Wálter Santos de Pontes, 40, e Marcelo Teixeira de Lima, 48. À exceção de Lima, paraibano, os demais são do Rio Grande do Norte. Edmilson, o piloto do Wood, foi condenado a nove anos. Para os demais, a pena foi de oito anos e seis meses, conforme noticiado por Jozmar Josino em sua coluna, no UOL.

A droga tinha alto grau de pureza, entre 84,8% e 91,6%. A embarcação chamou a atenção das autoridades à época após solicitar autorização para viagem inicialmente entre portos de Recife e Natal e da capital do Rio Grande do Norte partiu rumo à África. Segundo a coluna, a polícia portuguesa não identificou atividade pesqueira nem parada no percurso.

Carvalho encontra-se preso desde junho do ano passado em Budapeste, capital húngara, após ser capturado em um hotel de luxo. Ele utilizava documentos falsos e tinha até criado uma versão morta, apontando uma pessoa que morreu de Covid-19 em 2020 e foi cremada como se fosse o ex-major.

No começo deste ano, o Ministério Público de Portugal apresentou denúncia contra 18 pessoas ligadas a Carvalho pelos crimes de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Entre os acusados, 16 portugueses, um é angolano e outro indiano, inclusive um português apontado como braço direito de Carvalho. Esta ação refere-se a outro episódio de tráfico, com a apreensão de 350 quilos de cocaína em um porto do Espírito Santo, que seriam ocultados dentro de blocos de granito a serem exportados a partir daquele estado.

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