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Cidades

Justiça leiloa aeronaves e veículos do tráfico avaliados em R$ 1,1 milhão

São 12 lotes a disposição para o certame, marcado para 5 de agosto, a partir das 9h. Os lances já podem ser feitos pela internet

Gabriel Neris | 19/07/2019 15:38
Aeronave de R$ 650 mil, está no Aeródromo Ocorema, na MS-228, em Ladário (Foto: Divulgação)
Aeronave de R$ 650 mil, está no Aeródromo Ocorema, na MS-228, em Ladário (Foto: Divulgação)

A 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande vai leiloar aeronaves e veículos apreendidos durante a Operação All In, deflagrada em março de 2017. 

São 12 lotes a disposição para o certame, marcado para 5 de agosto, a partir das 9h. Os lances já podem ser feitos pela internet (clique aqui).

Entre os lotes estão três aeronaves Cessna avaliadas entre R$ 15 mil e R$ 650 mil. Também estão cinco caminhões, com valores de R$ 30 mil a R$ 90 mil, um semirreboque (R$ 50 mil), uma Honda CBR (R$ 9 mil) e mais dois veículos, um Honda HR-V e Toyota Hilux, de R$ 70 mil e R$ 40 mil, respectivamente.

Os caminhões, carros e moto estão à disposição para visitação na Avenida Tamandaré, 1.066, Vila Alto Sumaré, em Campo Grande. Duas das aeronaves estão no pátio do Aeroporto de Londrina (PR) e a mais cara, de R$ 650 mil, está no Aeródromo Ocorema, na MS-228, em Ladário, a 419 km de Campo Grande.

A All In foi deflagrada em 28 de março de 2017 para investigar uma quadrilha que detinha patrimônio próximo a R$ 7,5 milhões. As investigações sobre tráfico e lavagem de dinheiro ocorreram em Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, com 18 ordens de prisão e 25 mandados de busca e apreensão.

Seis aeronaves e cinco imóveis e o bloqueio de 35 veículos e de valores em 68 conta bancárias também foram decretados. Envolveram, ainda, a apreensão de 800 kg de cocaína.

A quadrilha teria usado cerca de 30 pessoas como laranjas até mesmo sem seu conhecimento para o registro de bens. Frequentadores da cracolândia paulista foram identificados na lista –eles podem ter sido usados como “mulas” para o tráfico.

O esquema seria capitaneado pelo piloto Gerson Palermo, preso em Campo Grande e suspeito de já ter liderado uma facção criminosa. A PF aponta um esquema no qual membros da quadrilha eram registrados em empresas de outros integrantes do grupo, como forma de se manter as aparências.

“All In” é o nome no poker da aposta de todas as fichas em uma única jogada –a quadrilha teria entre suas práticas arriscar suas operações com o transporte de grandes quantidades de entorpecentes.

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