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Cidades

Lobista ligado a magistrado em MS é preso em ação por venda de sentenças em MT

Andreson de Oliveira é citado na Operação Ultima Ratio, que investiga, em MS, esquema similar ao de MT

Por Silvia Frias | 26/11/2024 11:45
De camisa branca, Andreson de Oliveira chega à sede da PF, em Cuiabá (Foto/Victor Ostetti/MidiaNews)
De camisa branca, Andreson de Oliveira chega à sede da PF, em Cuiabá (Foto/Victor Ostetti/MidiaNews)

O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, 45 anos, foi preso em Cuiabá (MT), na Operação Sisamens, da Polícia Federal, em nova fase na investigação que apura a venda de decisões judiciais envolvendo juízes do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso), advogados, empresários e assessores.

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Andreson de Oliveira Gonçalves, um lobista de 45 anos, foi preso em Cuiabá durante a Operação Sisamens da Polícia Federal, que investiga a venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ele também é mencionado em outra investigação, a Operação Ultima Ratio, em Mato Grosso do Sul, que resultou no afastamento de vários magistrados. A operação incluiu buscas em diversas localidades e revelou a conexão de Gonçalves com práticas de corrupção, incluindo a comercialização de sentenças. Além disso, ele é investigado por lavagem de dinheiro e usurpação de função pública desde 2007.

Andreson também aparece na investigação da PF em Mato Grosso do Sul, na Operação Ultima Ratio, que apura esquema de corrupção similar, que culminou no afastamento de cinco desembargadores, um juiz e um conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Segundo divulgado no MidiaNews, de Mato Grosso, Anderson foi levado à sede da Polícia Federal. Além do mandado de prisão expedido contra ele, a PF cumpriu, ainda, 23 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal. A ordem foi expedida pelo ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Foto do lobista em investigação da Operação Ultima Ratio, da PF em MS (Foto/Reprodução)
Foto do lobista em investigação da Operação Ultima Ratio, da PF em MS (Foto/Reprodução)

A casa do lobista foi vasculhada, assim como dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. Em agosto deste ano, as mensagens do celular do advogado Roberto Zampieri levaram ao afastamento dos magistrados por suspeita de venda de decisões.

Zampieri foi assassinado com 12 tiros em dezembro de 2023, em Cuiabá. Andreson teria sido responsável pela aproximação do advogado com os magistrados investigados.

Em MS – Na Operação Ultima Ratio, o nome de Andreson de Oliveira Gonçalves é citado 43 vezes, muitas, em conversas pelo WhatsApp com o desembargador Marcos José Brito Rodrigues.

Conversa entre lobista e o desembargador de MS, Marcos José Brito (Foto/Reprodução)
Conversa entre lobista e o desembargador de MS, Marcos José Brito (Foto/Reprodução)

Andreson de Oliveira Gonçalves, foi um dos alvos da operação e é investigado no Mato Grosso desde 2007 por lavagem de dinheiro, usurpação de função pública e, mais recentemente, pela comercialização de sentenças até com ministro do STJ.

O lobista tem duas empresas de transportes em Cuiabá (MT), a Florais Transportes Eireli e a Florais Táxi Aéreo, que também receberam busca e apreensão na operação de MS.

Investigação - Em maio de 2023, o lobista envia dois prints com extratos de processos do site do TJMS ao desembargador. Oito dias depois, Rodrigues encaminha as imagens para assessor e pede que ele imprima os votos do acórdão.

Segundo a PF, em consulta do TJ, os prints são de processo com valor de causa de R$ 64 milhões.

Em junho, o lobista manda vídeo e áudio de dentro de avião, falando para o magistrado que retomou a “empresa no México” e que iria reintegrar outra no Brasil, “depois no Chile e na Argentina”. Rodrigues responde “parabéns”. A investigação não identificou se foi apenas para impressionar Rodrigues ou se os dois têm alguma relação empresarial. (Com informações do MidiaNews).

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