Lojistas reclamam do pouco movimento causado por reformas no centro da Capital
Enquanto alguns pedem pausa das obras, outros querem que sejam concluidas logo
Obras no centro de Campo Grande tem provocado reclamação de comerciantes pela demora. Alguns, por conta do final de ano, pedem pausa das obras, outros querem que a reforma do quadrilátero central de Campo Grande seja finalizada o quanto antes.
De acordo com a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), foi feita uma solicitação para a prefeitura adiar as obras, o que foi negado. Segundo a Prefeitura as obras não serão paralisadas, mas descentralizadas, para desafogar a área central para o período de fim de ano.
Mesmo os comerciantes acreditando que a revitalização do Reviva seja importante, muitos julgam que o momento é inadequado, tendo em vista que este é um momento de retomada do comércio, com a baixa nos números da pandemia.
“Precisamos que as obras do centro sejam interrompidas para não atrapalhar nossos consumidores, precisamos facilitar a vida dos nossos clientes, e as obras atrapalham. Tem que deixar passar a época de festas e fim de ano, e retomar a partir de janeiro", defende o comerciante Djalma dos Santos.
Para a aposentada de 81 anos, Maria Conceição, está muito difícil fazer comprar para este fim de ano. "Eu estou me esforçando aqui para fazer compra. Eu deixei meu carro longe e estou andando, mas está muito ruim, bem difícil", afirma.
Parar não é a solução - Já outros comerciantes acreditam que as obras não devem parar, mas que seja agilizada, “A pausa é inviável. O ideal é intensificar ainda mais as obras. Aqui não tem acessibilidade, nós perdemos 90% das vendas, já é um momento difícil e isso atrapalha ainda mais. Eu tenho aluguel atrasado, não tenho movimento e não tenho dinheiro, está difícil”, lamenta o proprietário de uma loja de celulares, Vinícius Ribeiro.
Para o fim de ano a prefeitura preparou um Plano de Ação de Obras da área central, que será executado a partir de dezembro, atendendo o pedido dos comerciantes, visando garantir as vendas do comércio, permitindo o fluxo de pessoas.
Como a intenção do grupo técnico não é paralisar ou diminuir o ritmo das obras em dezembro, até porque isso não seria possível devido aos contratos pactuados com as empresas executoras, as intervenções serão deslocadas para as extremidades do quadrilátero que está sendo requalificado.
Com o Plano, as empresas se comprometeram a não executar novas obras no mês de dezembro no perímetro dos trechos entre a Avenida Fernando Corrêa até a Avenida Mato Grosso, e entre a Avenida Calógeras até a Rua Padre João Crippa, com a exceção da Rua Rui Barbosa, onde estarão sendo feitas as calçadas no trecho entre a Avenida Mato Grosso até a Rua Maracaju, sem interdições totais.