Mais Médicos preenche 54 das 57 vagas destinadas a Mato Grosso do Sul
Prazo acabou e, do total, Estado atingiu 94% de adesão entre municípios
De volta, o programa Mais Médicos do governo federal disponibilizou no mês de abril 6.252 vagas para prefeituras brasileiras interessadas em aderir ou renovar contratos para receber profissionais. Entre as 31 de Mato Grosso do Sul indicadas, todas aderiram e 94% do total de vagas recebeu delas adesão ou renovação, segundo resultado preliminar divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (28).
Foram disponibilizadas 57 vagas para o Estado, sendo 54 preenchidas. As três restantes foram dispensadas pelo município de Ponta Porã que, da oferta inicial de oito vagas, ficou com cinco delas.
Secretário Municipal de Saúde de Ponta Porã, Patrick Derzi afirma que o motivo para a adesão parcial é que o quadro de médicos das unidades básicas de saúde locais já está completo. "Para contratar os outros três médicos, teria que demitir os profissionais já contratados, que são muito bons e compõem a equipe muito boa de saúde que temos hoje", justifica.
Os cinco médicos do programa federal que deverão ir para Ponta Porã na nova fase do programa vão se juntar a outros quatro profissionais também do Mais Médicos, que já trabalham no município. Ainda de acordo com o secretário, a região chegou a ter 11 ou 12 médicos do governo federal em anos anteriores. "Com a mais recente adesão, o total será nove", contabiliza.
As novas contratações vão demandar remanejamentos e ampliação de serviços no município, que faz fronteira com o Paraguai. A previsão, conforme o titular da pasta de Saúde, é inserir profissionais para atendimento no Assentamento Itamarati e para atender a alta demanda nos postos de saúde relacionada às doenças causadas pelo Aedes aegypti e vírus respiratórios.
A vinda dos cinco profissionais vai trazer economia de R$ 110 mil reais aos cofres de Ponta Porã, já que o governo federal paga uma bolsa-formação aos profissionais do programa. "Além de reforçar o quadro, representa essa economia ao município, então, é de nosso interesse fazer a adesão", pontua o secretário municipal.
Outros municípios de MS - Em Mato Grosso do Sul, três dos 31 municípios foram classificados pelo Ministério da Saúde como de alta vulnerabilidade na área de saúde: Caarapó, Miranda e Paranhos. Eles deverão receber, cada um, um médico do programa federal.
As cidades do Estado que aderiram às vagas são Alcinópolis (1), Angélica (1), Antônio João (1), Aquidauana (1), Bela Vista (1), Bonito (2), Brasilândia (1), Caarapó (1), Campo Grande (9), Cassilândia (1) Coronel Sapucaia (1), Corumbá (1), Costa Rica (1), Coxim (1), Dois Irmãos do Buriti (2), Dourados (2), Figueirão (1), Itaporã (1), Itaquiraí (1), Jardim (1), Ladário (1), Miranda (1), Mundo Novo (2), Nioaque (3), Nova Andradina (4), Paranhos (1), Pedro Gomes (1), Ponta Porã (5), Porto Murtinho (1), Rio Verde de Mato Grosso (2) e Sete Quedas (2).
No País - O Ministério da Saúde informou que o Programa Mais Médicos alcançou a adesão de 99% dos municípios contemplados no último edital. Das 6.252 vagas disponibilizadas no País, 6.169 foram indicadas pelas cidades para preenchimento.
Do total de vagas, 47% estavam destinadas a regiões de alta vulnerabilidade ou de extrema pobreza.
De todas as 2.074 cidades com vagas previstas, apenas 31 não renovaram a adesão, enquanto 15 escolheram pelo quantitativo parcial de vagas estabelecidas. Ficaram sem preenchimento 83 vagas.
As vagas não ocupadas serão aproveitadas. “Vale lembrar, contudo, que após a avaliação dos termos enviados pelos gestores locais, as vagas remanescentes serão destinadas para novas regiões”, informou o Ministério da Saúde à Agência Brasil.
O Mais Médicos - Podem participar do programa profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior e estrangeiros, que continuarão atuando com registro do Ministério da Saúde. Terão preferência na seleção os médicos brasileiros formados no próprio país.
Um segundo edital será publicado com 10 mil vagas oferecidas em formato que prevê a contrapartida dos gestores municipais, de acordo com o Ministério da Saúde.