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Cidades

MS tem 6 cursos de Medicina e lacunas para formação, mostra plataforma

"Radiografia das Escolas Médicas" é o nome da ferramenta que monitora situação e evolução do Ensino Médico

Por Cassia Modena | 02/06/2024 08:25
Laboratório de microscopia usado por alunos do curso da Uniderp/Anhanguera (Foto: Divulgação)
Laboratório de microscopia usado por alunos do curso da Uniderp/Anhanguera (Foto: Divulgação)

Plataforma divulgada este mês pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), a "Radiografia das Escolas Médicas" mostra que Mato Grosso do Sul é o 21º estado em quantidade de cursos para formar novos médicos no País: são seis.

Estão à frente São Paulo (74), Minas Gerais (48), Bahia (22). Rio de Janeiro (22) e Rio Grande do Sul (20). O Amapá aparece na ponta, com apenas uma escola. O total no Brasil é de 390, sendo a maioria sediada em instituições privadas.

Já em Mato Grosso do Sul, a maior parte dos cursos de Medicina está em escolas públicas. Do total de seis, quatro estão distribuídos entre os campi Campo Grande e Três Lagoas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a UFGD (Universidade da Grande Dourados) e a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), na Capital.

Os outros dois estão na rede particular: a Universidade Uniderp/Anhanguera de Campo Grande e a Faculdade Unicesumar, de Corumbá.

Arte: Bárbara Campiteli
Arte: Bárbara Campiteli

O número de vagas anuais disponíveis no Estado, somando as dos cursos pagos e gratuitos, cresceu menos de 50% no período de 20 anos analisado pela plataforma (2000 até 2020). Era de 280 e foi para 438. A última quantia é a mais atualizada apresentada.

Lacunas - Após mostrar os dados gerais, a ferramenta analisa de forma inédita a infraestrutura disponível para a formação dos futuros médicos: hospitais de ensino, leitos e equipes de saúde da família.

Quanto a Mato Grosso do Sul, há três hospitais de ensino cobrindo 75% dos locais com cursos. Lacuna que afeta o ensino são 67 leitos em falta no SUS (Sistema Único de Saúde). A falta dessa estrutura gera sobrecarga de 13 alunos por unidade, segundo a plataforma. Em relação às equipes de saúde, a quantidade disponível aparece como suficiente.

Segundo análise do CFM, quase 80% dos 250 municípios que sediam escolas médicas no país apresentam déficit nos parâmetros considerados essenciais para o funcionamento dos cursos.

Os problemas afetam 196 cidades onde estão 288 estabelecimentos de ensino superior de Medicina, o que corresponde a 31 mil mil vagas (71% das 43 mil existentes no Brasil).

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