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Cidades

MS tem um médico hepatologista para cada 459 mil pessoas

Atualmente, seis especialistas em hepatologia atendem via SUS (Sistema Único de Saúde), de acordo com a SES

Por Mylena Fraiha | 26/05/2024 15:05
Equipe médica trabalha em sala de cirurgia de hospital da Capital (Foto: Divulgação/Hospital do Pênfigo)
Equipe médica trabalha em sala de cirurgia de hospital da Capital (Foto: Divulgação/Hospital do Pênfigo)

Mato Grosso do Sul tem um médico hepatologista para atender cerca de 459 mil pessoas. Ou seja, são seis especialistas em doenças de fígado na rede pública para atender uma população de 2,7 milhões de pessoas que residem no Estado, conforme apontado pelo Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A hepatologia, que diagnostica e trata doenças relacionadas ao fígado, enfrenta uma escassez de profissionais, refletida em nível nacional. A questão foi debatida no dia 16 de maio pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, em Brasília. O deputado Jorge Solla (PT-BA), que propôs a audiência pública, apontou que em todo o País, há apenas 516 hepatologistas com RQE (Registro de Qualificação de Especialista).

Em Mato Grosso do Sul, para atendimento via SUS (Sistema Único de Saúde), seis especialistas em hepatologia estão cadastrados, segundo informações da SES (Secretaria de Estado de Saúde). Já o CRM-MS (Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul) apontou que, atualmente, sete especialistas em gastroenterologia atuam na área de hepatologia - seis deles em Campo Grande e um em Dourados.

O presidente do SinMed/MS (Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso do Sul), Dr. Marcelo Santana, explica que essa escassez ocorre porque a hepatologia é uma especialidade específica e pouco procurada. Entretanto, ele acredita que o número de especialistas deve crescer devido ao caráter multifatorial das doenças hepáticas.

"Atualmente, essas doenças são tratadas por médicos de diversas especialidades, incluindo clínicos gerais, gastroenterologistas e infectologistas. No entanto, a procura por essa especialidade ainda é baixa e existem poucos especialistas, sendo um dos motivos a falta de centros formadores específicos na área", afirma Marcelo.

Mortalidade - Em 2022, Mato Grosso do Sul registrou 424 mortes decorrentes de problemas no fígado, como doença alcoólica do fígado, doença hepática tóxica e insuficiência hepática. Campo Grande teve o maior número de mortes, com 114 registros, seguida por Dourados, com 37 mortes, e Três Lagoas, com 25.

Em 2023, houve uma queda de 7,3% no número de óbitos por doenças hepáticas. O Estado registrou 393 mortes, sendo 96 na capital, 32 em Dourados e 20 em Corumbá. No primeiro quadrimestre de 2023, Mato Grosso do Sul teve 105 mortes por doenças hepáticas.

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