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Cidades

Mudança cultural é alvo de estudantes em Dia D contra a dengue

Alunos das 348 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul fazem atividades sobre o assunto nesta semana

Caroline Maldonado | 25/04/2023 11:37
Estudante da Escola Estadual Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), no Jardim Anache, faz atividade sobre dengue e outras doenças transmitidas por mosquito (Foto: Caroline Maldonado)
Estudante da Escola Estadual Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), no Jardim Anache, faz atividade sobre dengue e outras doenças transmitidas por mosquito (Foto: Caroline Maldonado)

Em todas as disciplinas, alunos das 348 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul fazem atividades de conscientização da campanha “Vença a Dengue sem zum, zum, zum” para conter os avanços de casos das chamadas arboviroses, que são dengue, chikungunya e zika. O desafio, contam os estudantes, é provocar uma mudança cultural, a partir de muita informação e diálogo.

Estudante do 1º ano do ensino médio, Ana Vitória Bercó de Souza, de 15 anos, conta que boa parte dos colegas já sabe tudo o que é preciso para combater o mosquito transmissor das doenças, o Aedes aegypti, mas há muitos ainda que precisam de mais informação.

Ela estuda na Escola Estadual Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), no Jardim Anache, onde a SES (Secretaria de Estado de Saúde) e a SED (Secretaria de Estado de Educação) lançaram a campanha na manhã desta segunda-feira (25).

Já teve colegas que questionaram ‘por que vou limpar meu quintal se o vizinho não limpa o dele?’. Alguns estudantes ainda não são conscientizados, então temos que conversar e explicar, mas é algo que leva tempo mesmo e vamos conseguir. Precisamos de uma mudança cultural”, comenta Ana Vitória.

Estudante do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), Ana Vitória Bercó de Souza. (Foto: Caroline Maldonado)
Estudante do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), Ana Vitória Bercó de Souza. (Foto: Caroline Maldonado)

O colega do 1º ano, Gabriel do Prado Coelho, de 15 anos, explica que muitos estudantes não receberam noções sobre as doenças em casa, mas o diálogo na escola funciona, na opinião dele.

Os alunos mais novos, do 6º e 7º ano, são os que mais precisam de conscientização, porque muitos não têm isso em casa, mas aqui estão tendo”, avalia Gabriel.

Estudante do 1º ano da Escola Estadual Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), Gabriel do Prado Coelho. (Foto: Caroline Maldonado)
Estudante do 1º ano da Escola Estadual Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), Gabriel do Prado Coelho. (Foto: Caroline Maldonado)

As atividades ocorrem em todas as escolas da rede nesta semana, conforme o assessor militar da SES e coronel do Corpo de Bombeiros Marcelo Fraiha.

Sabemos que 80% dos criadouros dos mosquitos estão nas casas. Aqui estamos fazendo a nossa parte, com parcerias para prevenir e combater as doenças e precisamos também da parceria dos cidadãos”, disse o coronel Fraiha.

Assessor militar da SES e coronel do Corpo de Bombeiros Marcelo Fraiha. (Foto: Caroline Maldonado)
Assessor militar da SES e coronel do Corpo de Bombeiros Marcelo Fraiha. (Foto: Caroline Maldonado)

Casos - Nesta semana, subiu para 17 o número de mortes por dengue em Mato Grosso do Sul. Um homem de 94 anos morreu em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, conforme a SES. Essa é a sexta morte pela doença na cidade. No caso da chikungunya, os casos prováveis diminuíram de 3.305 para 3.192, mas os confirmados subiram de 379 para 440. Com relação ao zika, são nove casos confirmados em MS, sendo um em Campo Grande.

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