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Cidades

No "pior momento da pandemia", MS não tem UTI em hospitais públicos e privados

Todos os leitos especializados a casos respiratórios estão ocupados e há pacientes acima da capacidade

Guilherme Correia | 31/05/2021 11:02
Paciente internado por covid-19 em UTI no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/HRMS)
Paciente internado por covid-19 em UTI no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/HRMS)

Mato Grosso do Sul, dividido em quatro macrorregiões de saúde, não possui leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) livres a pacientes com covid-19, conforme boletim publicado nesta segunda-feira (31). Campo Grande (1% de excedente) e Dourados (6%), inclusive, têm pacientes em hospitais acima da capacidade oficial.

Em média, são mais de 1,8 mil infectados por dia no Estado. Para o titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Geraldo Resende, atualmente vive-se o "pior momento da pandemia" dos últimos 15 meses e não há disponibilidade de estruturas em unidades públicas e privadas de saúde.

Conforme dados do painel Mais Saúde, que contabiliza todos os hospitais, o Estado registrou superlotação de 102% ontem (30). A parcial divulgada hoje indica que esse índice ganhou oito pontos percentuais - portanto, além da ocupação de todos os leitos, há excedente de 10% dos pacientes acima do que pode ser atendido de forma adequada.

Situação das regiões sanitárias de Mato Grosso do Sul quanto a ocupação de UTI (Foto: Reprodução/SES)
Situação das regiões sanitárias de Mato Grosso do Sul quanto a ocupação de UTI (Foto: Reprodução/SES)

Para o secretário estadual de Saúde, isso é fruto do desrespeito de medidas preventivas praticado pela população. "A maioria da população optou para fazer aglomerações, principalmente os jovens fazendo festas clandestinas. Uma parcela está deixando de usar máscaras, e regras elementares de higiene estão deixadas de lado. Isolamento social, que alguns falam isolamento familiar, não acontece de fato".

Talvez sejamos campeão em desobediência civil. As vezes estão optando por morrer. Não acredito que as pessoas não estão valorizando sua vida ou dos familiares", alertou Resende.

Boletim atualizado - Com mais de 1,6 mil novos casos e 24 óbitos registrados em boletim publicado nesta manhã, Mato Grosso do Sul já confirmou mais de 290,7 mil casos e teve 6.815 vítimas fatais desde o início da pandemia.

Hoje, quase metade das mortes eram de pacientes com menos de 60 anos - o que tem indicado efeito das novas variantes do coronavírus, cada vez mais infecciosas e letais, do grupo que ainda não tem previsão do recebimento de vacinas.

Entre as práticas que podem ser feitas para reduzir chance de se infectar com o vírus, está o distanciamento social (o máximo que puder ser feito), uso de máscaras adequadas (como as PFF2) e higiene das mãos (com água e sabão ou álcool 70%).

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