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Cidades

Ocupação de leitos de UTI na Capital se mantém alta mesmo com vacinação

Dado é de boletim extraordinário do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)

Lucia Morel | 01/07/2021 16:27
Paciente sendo assistido em leito de UTI no Hospital Regional. (Foto: Governo de MS)
Paciente sendo assistido em leito de UTI no Hospital Regional. (Foto: Governo de MS)

Campo Grande está entre as cinco capitais brasileiras que manteve taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) superiores a 90% apesar do avanço da vacinação.

Boletim extraordinário do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgado hoje, mostra que junto com Palmas (TO), Aracaju (SE), Curitiba (PR) e Goiania (GO), a Capital sul-matogrossense está em níveis altos de ocupação de leitos intensivos.

Mato Grosso do Sul como um todo, no entanto, é dos que apresentam, entre as demais unidades da federação, movimentação em declínio para a taxa de ocupação, saindo dos 100% nas últimas semanas, para 88%, conforme o boletim.

Os dados se referem à análise feita entre os dias 21 e 28 de junho, mas divulgada hoje. Assim, é preciso ressaltar que conforme a plataforma Mais Saúde, da SES (Secrretaria de Estado de Saúde), a ocupação de vagas de UTI em Campo Grande está em 81,44% e no geral do MS, 79,39%.

Conforme o documento, “as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, observadas no dia 28 de junho de 2021, mostram quedas expressivas no indicador no Nordeste e nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, no Centro-Oeste”.

O boletim extraordinário avalia ainda que “a tendência de redução da ocupação de leitos de UTI em alguns estados pode se resultado dessa nova fase da pandemia no país, em que a transmissão permanece intensa, gerando casos mais graves entre grupos populacionais não vacinados ou potencializados pela vulnerabilidade individual e social”.

VACINAÇÃO E MORTES – segundo a Fiocuz, o avanço da vacinação está desacelerando as mortes e a ocupação de leitos intensivos, no entanto, a transmissão da doença e os dados diários de casos novos está estabilizado, mas em alto patamar. O que não é bom, porque pode originar a criação de novas cepas mais potentes do vírus e que resistam às vacinas.

“A tendência de redução da ocupação de leitos de UTI em alguns estados pode ser um reflexo dessa nova fase da pandemia no país. Entretanto, a transmissão permanece em patamares elevados, gerando casos mais graves entre os grupos populacionais não vacinados ou potencializados pela vulnerabilidade individual e social”, evidencia o documento.

Mas é preciso otimismo e os números nacionais, detalhados pela Fiocruz, revelam ainda que na semana epidemiológica entre 20 e 26 de junho, foi verificado queda na mortalidade, com cerca de 1.700 óbitos diários.

Para a Fiocruz, “a diferenciação entre as tendências de incidência de casos novos e da mortalidade pode ser reflexo da campanha de vacinação, que atualmente atinge uma grande parcela da população idosa e grupos de maior risco ou mais expostos, como portadores de doenças crônicas e profissionais de saúde, transporte e segurança”.

Assim, “com a vacinação, a circulação de novas variantes do vírus pode aumentar a sua transmissibilidade, sem que isso represente um aumento no número de casos graves que necessitem internação”.

Por fim, a fundação aponta que diante da nova realidade, é preciso olhar diferenciado e atendo às sequelas da covid-19, reorganizando o sistema de saúde “para atender às demandas relacionadas à Covid-19, sejam elas imediatas ou as que se colocarão por um tempo, relacionadas à Covid longa e às suas múltiplas manifestações incapacitantes”.

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