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Cidades

Operação tenta resgatar crianças e prender suspeitos de pornografia infantil

No total, são cumpridos 112 mandados em Mato Grosso do Sul, outros 19 estados e no Distrito Federal

Viviane Oliveira | 03/12/2021 07:18
Movimentalção de policiais em um dos locais alvo da operação. (Foto: Divulgação/PF)
Movimentalção de policiais em um dos locais alvo da operação. (Foto: Divulgação/PF)

A Operação Lobos II foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (3), pela PF (Polícia Federal), para prender grupo criminoso que utilizava a darkweb para espalhar material de abuso sexual infantil no Brasil e em diversas partes do mundo.

Além da identificação e prisão dos abusadores sexuais, a Polícia Federal busca a localização e o resgate de crianças que se encontram em situação de extrema violência. No total, são cumpridos 112 mandados, sendo 104 de busca e apreensão e oito de prisão preventiva em Mato Grosso do Sul e outros 19 estados e no Distrito Federal.

Conforme a Polícia Federal, os criminosos atuavam por meio de divisão de tarefas com a finalidade de produzir e propagar imagens, fotos e comentários de abuso sexual de crianças e adolescentes e ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material.

Para combater esse tipo de crime, a Polícia Federal fez parcerias com forças policiais de diversos países para identificar os criminosos. A união internacional permitiu a identificação de um brasileiro que utilizava a deep web para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores.

Os sítios e fóruns da dark web eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e de meninas. Os sites eram utilizados por mais de um milhão e oitocentos mil usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes.

Durante as investigações, a PF conseguiu identificar e prender o principal responsável pelos sites voltados para o abuso sexual de crianças e adolescentes, em uma ação que foi batizada de Operação Lobos. À época, o fato não foi divulgado para não atrapalhar as investigações e nas prisões de produtores e consumidores deste tipo de material criminoso.

A continuidade das medidas investigativas em sigilo permitiu a identificação e localização de dezenas de indivíduos no Brasil, envolvidos com a produção e divulgação de material pornográfico. Os crimes investigados são: a venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável.

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