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Cidades

Pais fogem de mensalidade e rede pública ganha mais de mil alunos da particular

Com a suspensão das aulas presenciais, chamou a atenção o número de alunos para as turmas iniciais, como pré-escola

Leonardo Rocha | 20/07/2020 12:45
Escola Municipal Arlindo Lima, em Campo Grande, antes da pandemia do coronavírus (Foto: Arquivo)
Escola Municipal Arlindo Lima, em Campo Grande, antes da pandemia do coronavírus (Foto: Arquivo)

A rede estadual e municipal de ensino ganharam novos alunos neste final de semestre. A maioria veio das escolas particulares. Esta migração de estudantes se trata de um fenômeno em todo Brasil, pois devido a pandemia do coronavírus, com aulas suspensas e queda na renda da população, muitos pais acharam que não compensa pagar mensalidades.

A rede municipal em Campo Grande recebeu 905 novas matrículas de 1° de junho a 2 de julho deste ano. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) ainda não fez o levantamento de quantos vieram da rede particular, mas adiantou que chamou a atenção o número de alunos para as turmas iniciais, como pré-escola, que não é oferecido na rede estadual, ou seja, vieram de escolas privadas.

“Vamos ainda fazer este levantamento, mas nota-se uma busca maior por vagas na pré-escola, que maioria veio da rede particular. Além disto, o aumento de matrículas foi grande neste período”, descreveu a chefe do setor de matrículas da Semed, Adriana Cedrão.

Já na rede estadual, 233 estudantes de escolas privadas migraram para o setor público neste final de semestre. As aulas presenciais estão suspensas desde março deste ano, em função da pandemia, com o conteúdo sendo repassado em aulas virtuais e em transmissão pela TV.

A presidente do Sinepe-MS (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de MS), Maria da Glória Paim, que representa as escolas particulares, afirmou que esta “migração” de estudantes para rede pública se trata de um “fenômeno” nacional e que no Estado só vai poder se fazer um balanço após o retorno das aulas.

“O que já recebemos é ocorrências de cancelamentos de matrículas de crianças de 0 a 3 anos, quando a presença nas escolas não é obrigatória, mas só poderemos medir esta situação atual quando as aulas voltarem”, ponderou.

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