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Cidades

Patrão da Máfia do Cigarro, “Pingo” será transferido para presídio federal

O ex-policial militar estava na lista dos criminosos mais perigosos do Brasil e foi preso no Paraguai

Aline dos Santos | 03/11/2020 08:32
Algemado e usando colete, “Pingo” é conduzido por policial paraguaio na Ponte da Amizade em 15 de outubro. (Foto: Última Hora)
Algemado e usando colete, “Pingo” é conduzido por policial paraguaio na Ponte da Amizade em 15 de outubro. (Foto: Última Hora)

Na lista de patrões na Máfia do Cigarro, o ex-policial militar Fábio Costa, o “Pingo”, será transferido para presídio federal.

Com mandado de prisão na primeira fase da operação Nepsis, realizada em 22 de setembro de 2018 pela PF (Polícia Federal), ele só foi encontrado em 11 de outubro de 2020, no Paraguai. Até então, estava na lista dos 26 criminosos mais perigosos do Brasil.

Em 15 de outubro, ele foi extraditado para o Brasil e levado à Cadeia Pública Laudemir Neves de Foz do Iguaçu (Paraná). Na semana passada, a Justiça Federal de Ponta Porã autorizou transferência para o sistema penitenciário federal, com permanência de 360 dias. O presídio será definido pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

A transferência foi autorizada porque o acusado tem posição relevante no esquema criminoso, coordenando a execução das atividades, como o escoamento da carga e cooptação de auxiliares para os crimes.

As investigações apontaram que a organização criminosa intimidava policiais que não estavam no esquema, além de atentado à casa do chefe da PRF (Polícia Rodoviária Federal), após apreensão de carga de cigarros avaliada em R$ 14 milhões.

A situação em que o foragido foi capturado também ganhou destaque na decisão. Fábio Costa estava na cidade fronteiriça de Salto del Guairá, em um quarto escondido, cuja entrada se dava por meio de uma churrasqueira em sua mansão. Para a Justiça, isso “ denota a sua intenção de se furtar à aplicação da Lei Penal, ocultando-se como possível das autoridades policiais dos dois países”.

A defesa do preso alegou que não há  indícios concretos de seu envolvimento no tiros contra a residência do PRF e  que outros réus ficaram no estabelecimento penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã. A defesa ainda solicitou que ele não seja transferido para o presídio federal de Mossoró (Rio Grande do Norte), por ser o mais distante.

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