Contrabandista "Pingo" é levado para cadeia pública de Foz do Iguaçu
Fabio Costa, ex-PM em Mato Grosso do Sul apontado como líder de máfia do cigarro, estava foragido desde setembro de 2018
A Cadeia Pública Laudelino Barcelos, em Foz do Iguaçu (PR), foi o destino de “Pingo”, o ex-policial militar de Mato Grosso do Sul Fábio Costa, 42, preso no domingo passado, no Paraguai, depois de se esconder por oito horas em uma chaminé de imóvel em Salto del Guairá, vizinha a Mundo Novo, a 476 km de Campo Grande.
Apontado como um dos principais chefes do contrabando de cigarro na região de fronteira, “Pingo” estava na lista dos bandidos mais procurados do Brasil, elaborada pelo Ministério da Justiça. Foi expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal do Brasil na quinta-feira (15), na Ponte da Amizade, que liga o Paraguai a Foz do Iguaçu (PR). Assim como os acessos em Salto del Guairá e Pedro Juan Caballero, a ponte foi reaberta nesta quinta-feira depois de sete meses de bloqueio devido à pandemia do novo coronavírus.
A fuga de pingo já caminhava para os dois anos. Acusado de ser responsável por pagar propina a policiais sul-mato-grossenses para permitir a passagem das cargas de cigarro paraguaio, ele foi alvo da Operação Nepsis junto com outros “patrões” do contrabando. Tem condenação a 12 anos de prisão por contrabando e organização criminosa.
Carlos Alexandre Gouveia, 40 anos, o “Kandu”, outro alvo da Operação Nepsis, continua foragido. Morador no mesmo condomínio de luxo onde “Pingo” foi preso, ele também foi alvo da operação de domingo, mas conseguiu escapar do cerco policial.