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Cidades

Perícia pede 90 dias para DNA em todas partes do corpo de rapaz esquartejado

Em Campo Grande, mãe teve de assistir vídeo do assassinado por facção criminosa

Dayene Paz | 16/09/2021 14:24
Diego foi esquartejado e corpo encontrado na última terça. (Foto: Divulgação/Facebook)
Diego foi esquartejado e corpo encontrado na última terça. (Foto: Divulgação/Facebook)

A angústia aumenta ainda mais no coração da dona de casa Maria Dione Gomes Martins, que perdeu o filho de forma trágica, no último domingo (12). O filho, Diego Gomes, de 22 anos, foi sequestrado e esquartejado por uma facção criminosa, em Manaus. Agora, a mãe precisa esperar aproximadamente 90 dias para que todas as partes do corpo passem por exame de DNA.

Maria mora na Capital de Mato Grosso do Sul e conta que, após pedir ajuda, conseguiu arrecadar o dinheiro para enterrar o filho em Manaus mesmo. A quantia arrecadada foi de aproximadamente R$ 2,2 mil. "Já enviei o dinheiro ao meu ex-marido, com quem o Diego morava lá. Ele que está cuidando dos trâmites para o sepultamento", explicou.

No entanto, a angustia da mãe aumenta, pois ainda não poderá enterrar o filho. "Como procedimento, todas as partes do corpo precisam passar por exame de DNA para comprovar a identificação, então, me pediram para esperar 90 dias para que liberem o corpo", disse Maria.

O caso - Diego foi sequestrado na noite de domingo e a suspeita é que membros da facção Comando Vermelho tenham esquartejado o rapaz. "Ele tava dentro de casa, entraram e pegaram ele. O Comando Vermelho descobriu que ele era de Mato Grosso do Sul e achou que meu filho fosse do PCC, aí mataram. Mataram meu filho de graça", desabafou Maria, que contou ao Campo Grande News que o filho era apenas usuário de maconha e, até onde ela sabia, nunca vendeu drogas ou se envolveu com o PCC.

Os assassinos chegaram a publicar um vídeo nas redes sociais de Diego, do rapaz sendo esquartejado. "Antes de matar, eles pediram e-mail e senha do face do meu filho e postaram um vídeo tirando a cabeça dele, jorrando sangue. Quando eu vi aquilo, não sei nem explicar, chamei minha nora, que tava aqui, e perguntei se era de verdade, se era alguma montagem. Achei que eu fosse morrer, parece que minha vida tinha acabado ali, naquele momento. É uma dor tão grande, não tenho nem palavras pra explicar", disse Maria, aos prantos, por telefone.

O corpo de Diego foi encontrado na manhã da última terça-feira (14), dentro de sacos de lixo, na zona oeste de Manaus. De acordo com o site local, D24am, além da cabeça, os pés e um dos braços de Diego também foram arrancados do corpo. O caso segue em investigação pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros de Manaus.

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