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Cidades

Pesquisa aponta índice de esgotamento mental entre profissionais da enfermagem

Pesquisa feita em MS e em outros estados do País aponta sobrecarga mental desses profissionais

Liana Feitosa | 28/09/2022 17:06
Enfermeiros trabalhando em ala destinada à covid-19 durante pandemia, na Capital. (Foto: Santa Casa de Campo Grande)
Enfermeiros trabalhando em ala destinada à covid-19 durante pandemia, na Capital. (Foto: Santa Casa de Campo Grande)

Cerca de 1,5 mil profissionais da área da enfermagem, entre auxiliares, técnicos e enfermeiros, foram entrevistados para pesquisa sobre a realidade desses profissionais entre dezembro de 2020 e junho de 2021. Entre os participantes estão trabalhadores de Mato Grosso do Sul, além de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. Segundo o levantamento, a sobrecarga mental, falta de reconhecimento e a fadiga, aumentaram entre os profissionais da área durante a pandemia da covid-19.

Participaram trabalhadores de seis instituições de saúde, entre públicas e privadas. Dentre eles, o sentimento de baixa realização profissional foi comum a 69,1% dos entrevistados. Para os pesquisadores, esse quadro, somado à pressão da atividade, eleva a incidência de risco de burnout, relacionado à exaustão emocional no ambiente de trabalho.

De acordo com o Ministério da Saúde, burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, "é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho." Esse quadro já atinge cerca de 18% dos profissionais entrevistados.

A pesquisa também mostrou que o ambiente de trabalho tem impactos importantes no bem-estar do profissional e, quando se apresenta desfavorável, pode desencadear processos importantes de estresse. Caso não sejam adequadamente gerenciados, esses quadros podem resultar em esgotamento.

Entre as características do ambiente de trabalho que interferem negativamente no bem-estar de trabalho da enfermagem no Brasil estão déficits no quadro de pessoal por altos índices de rotatividade e absenteísmo; duplo emprego; alta carga de trabalho; presença de riscos ocupacionais; elevada carga mental e sofrimento pela morte de pacientes com o constante aumento da complexidade de tarefas e do ambiente; esquema de trabalho em turnos; violência ocupacional; longas jornadas de trabalho; e, ainda, falta de reconhecimento profissional.

O estudo, que tem o título “Análise do ambiente de trabalho e burnout entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem em instituições brasileiras”, pode ser conferido na íntegra aqui: Estudo sobre Enfermagem.pdf

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