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Cidades

Prefeitura custeia tratamento milionário e vitória de Heitor é passo a passo

Licitação municipal está aberta e prevê contratação de empresa para serviços de fisioterapia e fonoaudiologia

Lucia Morel | 20/05/2023 07:35
Heitor em uma das sessões de fisioterapia. (Foto: Arquivo da família)
Heitor em uma das sessões de fisioterapia. (Foto: Arquivo da família)

Heitor tem 3 anos de idade e quando tinha apenas 1, a família descobriu que ele era portador de Amiotrofia Espinha tipo I, a AME, como é conhecida. Desde então, a luta é para que ele tenha melhor qualidade de vida e que os efeitos da alteração genética sejam retardados. Uma das vitórias recentes foi ter conseguido que a Prefeitura de Campo Grande custeasse os tratamentos fonoaudiológicos e fisioterapêuticos.

Licitação aberta prevê a contratação de empresa para serviços de fisioterapia neurológica, fisioterapia motora específica para AME tipo 1, fisioterapia BOBATH, fisioterapia respiratória especializada em AME e RTA e serviços de fonoaudiologia especializada em disfagia e deglutição especializada em síndromes graves. O custo previsto é de R$ 97,5 mil.

Heitor com as talas nas pernas e colete que o ajudam a se manter em pé e caminhar. (Foto: Arquivo pessoal)
Heitor com as talas nas pernas e colete que o ajudam a se manter em pé e caminhar. (Foto: Arquivo pessoal)

Por esse valor, seriam contratadas 105 sessões de fonoaudiologia especializada e, ainda, 157 sessões das seguintes especialidades: fisioterapia respiratória especializada em AME e RTA; fisioterapia BOBATH; e fisioterapia neurológica e motora específica para AME tipo 1. Todas por um ano.

Conforme a sentença, de dezembro do ano passado, o município ainda deverá fornecer “aparelhos de ventilação mecânica (Trilogy com máscara nasal sem distinção de marca) e aspirador para tossir e eliminar secreções (Coach Assist e70 ou equivalente sem distinção de marca)”.

Segundo a advogada Anaísa Banhara, que cuida do caso de Heitor, decisões anteriores já haviam garantido o tratamento, mas através de bloqueio das contas bancárias municipais. Em sua avaliação, com a licitação, a prefeitura pode baratear o tratamento, já que contratando os serviços em bloco é possível conseguir valores mais baixos.

A mãe de Heitor, Milena Souza de Morais, conta que as terapias são essenciais para que a qualidade de vida do filho melhore. Em 2021, eles conseguiram ir até Curitiba, onde o menino recebeu dose do medicamento Zolgensma, conhecido como o remédio mais caro do mundo. Ele é aplicado em dose única e tem o potencial de parar o avanço da doença.

Valores descritos em licitação aberta. (Foto: Reprodução)
Valores descritos em licitação aberta. (Foto: Reprodução)

“Mas a doença já o afetou e então, ele precisa continuar as terapias para recuperar”, conta. Segundo ela, “a doença não tem cura e os danos que ela já causou não têm volta”.

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