Sem sintomas, funcionários da Valley farão exame em clínica particular
Medida foi tomada depois que jovem foi na casa noturna e, posteriormente, teve exame positivo para coronavírus
Os 40 funcionários da Valley devem ser submetidos a exame em clínica particular para identificar possíveis casos de infecção pelo novo coronavírus. A medida será tomada pois nenhum deles apresenta sintomas e, por isso, não é prioridade na checagem do sistema público.
O empresário Sérgio Francisco Longo Filho, dono da casa noturna, disse que está fechado acordo com a clínica e até quarta-feira deverá ter resultado dos funcionários. A medida está sendo tomada depois que uma pessoa, com resultado positivo para coronavírus, esteve em uma festa na Valley, um dia antes de saber que estava infectada.
A festa foi realizada no dia 11, da turma da Medicina Veterinária da UCDB. No dia seguinte (12), a acadêmica de Administração Thayany Silva soube do diagnóstico do namorado e também se submeteu ao teste, sendo positivo para coronavírus.
Todos os 40 funcionários, mesmo os que não estavam na escala da noite da festa, serão submetidos ao exame. Como estão assintomáticos, não entram na escala de prioridades do sistema público de saúde.
Sérgio Longo disse que antes havia a preocupação de se fazer o exame para avaliar a reabertura da casa, mas ontem, depois que o prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou que haverá decreto proibindo aglomerações a partir de 100 pessoas, agora é esperar. A Valley Pub tem capacidade para 350 pessoas e, Valley, 600 pessoas.
Segundo o empresário, a medida de fechamento também deve ser avaliada para todos. “Estamos fazendo a nossa parte, mas acho que seria para todo mundo”.
Funcionamento – a assessoria da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) informou que aguarda a publicação do decreto municipal para avaliar a abrangência e qual o procedimento que deve ser tomado.
O presidente executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, divulgou vídeo, recomendando que os bares e restaurantes reduzam em 1/3 o número de mesas para aumentar a distância de cadeiras ocupadas, no mínimo, um metro. No caso de mesas sem cadeiras, distância de dois metros.
Também recomendou que os restaurantes que continuarem a funcionar possam fazer escalonamento para atendimento nos horários de almoço, por exemplo, com turnos a partir das 11h30.
Solmucci disse que está conversando com governo para estudar medidas que reduzam o prejuízo no setor, como a suspensão temporária de pagamento de impostos, parcelamento futuro e, ainda, discutindo com fornecedores a redução do tempo de recebimento de valores de tickets, cartões de crédito e vouchers.