ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, TERÇA  24    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

Sindicato pede adicional e pensão vitalícia aos médicos na “linha de frente"

Entidade estadual prometeu oficiar desde prefeituras até presidente da República e STF

Jones Mário | 13/05/2020 10:36
Segundo Sinmed-MS, 8,5 mil médicos trabalham em unidades públicas de Saúde no Estado (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Segundo Sinmed-MS, 8,5 mil médicos trabalham em unidades públicas de Saúde no Estado (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

O Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), em ação conjunta com a entidade que representa a profissão no Pará, vai oficiar autoridades a fim de pleitear adicional de insalubridade e pensão vitalícia em caso de morte para médicos que atuam no enfrentamento ao novo coronavírus.

Segundo o presidente do sindicato estadual, Marcelo Santana Silveira, serão acionados prefeituras, governos estaduais, Congresso Nacional, STF (Supremo Tribunal Federal) e até o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Vamos reivindicar insalubridade inicialmente aos médicos. Certamente será solicitado, na sequência, pelo outros profissionais da Saúde”, resumiu Marcelo Silveira.

Segundo ofício, a categoria quer adicional de insalubridade no grau máximo, de 40% do salário mínimo, bem como lei específica que garanta pensão vitalícia no valor do teto da Previdência Social às famílias de médicos que venham a morrer de covid-19 ou por complicações trazidas pela doença.

Por fim, o ofício ainda requer recomendações das autoridades para que hospitais, clínicas e demais unidades de Saúde regularizem o fornecimento integral de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) aos profissionais da área.

De acordo com o Sinmed-MS, até 4 mil médicos podem ser contemplados pelo adicional de insalubridade no Estado. Ao todo, 8,5 mil trabalham na Saúde Pública em Mato Grosso do Sul.

Posição - O titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), José Mauro Filho, disse que o pedido é justo, o que não quer dizer que seja possível de ser concedido.

“Tem que analisar vários fatores. Hoje o município não tem dinheiro para pagar nem o salário do mês que vem. A arrecadação reduziu drasticamente. O momento é ruim para discutir isso”, destacou.

O secretário lembrou ainda da aprovação do plano de cargos e carreiras da categoria, em março deste ano, como um avanço aos médicos de Campo Grande.

Em retorno, a assessoria de comunicação da SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que o pleito do Sinmed-MS foi encaminhado diretamente ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Assim, a pasta irá se posicionar apenas quando o documento chegar até o titular, Geraldo Resende, que, em contato rápido com a reportagem, ratificou a nota.

Nos siga no Google Notícias