Transporte de pets por longas distâncias é seguro? Veja dicas
Tutor precisa estar ciente dos riscos do transporte do seu pet e ficar atento aos cuidados básicos
A situação que choca qualquer apaixonado por animais é saber que algum morreu por maus-tratos ou negligência. O Campo Grande News mostrou ontem o caso do Duke, que ao tentar vir de Manaus (AM) a Campo Grande, acabou morrendo no segundo dia de viagem, quando estava no interior de Rondônia. E é preciso dizer: quanto maior a distância, maior o risco.
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A morte do cão Duke, que faleceu durante uma viagem de Manaus para Campo Grande, destaca a necessidade de cuidados especiais durante o transporte de animais. O veterinário Matheus Costa Marques enfatiza a importância de um check-up pré-viagem, planejamento de pausas para necessidades fisiológicas e descanso, além de um ambiente seguro e climatizado para evitar o estresse e problemas respiratórios. Segundo ele, a presença de profissionais qualificados para monitorar o animal durante a viagem é crucial para garantir a segurança e o bem-estar do pet.
“Assim como os humanos, os animais precisam de toda uma manutenção básica para sobreviver”, diz o veterinário Matheus Costa Marques, que relata que esses cuidados devem ocorrer independente do porte do animal.
Segundo ele, o tutor precisa estar ciente dos riscos do transporte do seu pet e ficar atento aos cuidados básicos. “Deveria ser protocolo o animal passar por um check-up antes de viagens muito longas”, avalia.
Ele cita que se o transporte implica em o animal ficar numa baia por longas horas, é preciso haver um planejamento de pausas. “O animal precisa urinar, defecar e se ele estiver em um ambiente hostil, em que ele não conhece as pessoas, ele fica agitado, estressa”, comenta o veterinário, enfatizando que é preciso tirar o pet para caminhar, respirar fora da baia, e limpar o local onde ele viaja.
Somente o fato de estar sendo manipulado por pessoas estranhas já agita o animal e, conforme Marques, até mesmo em consultas simples na clínica onde ele trabalha, é preciso muitas vezes a presença do tutor para manipular o pet, porque este fica agitado com estranhos. “Imagina em uma viagem longa”, pondera.
O veterinário reforça que dependendo do animal, ele pode precisar fazer maior esforço para respirar ao passar muito tempo fechado em uma baia. E caso isso ocorra, o pet pode manifestar outros problemas clínicos decorrentes da hiperventilação. “Quanto maior o calor, menor o espaço, mais longo o transporte, os riscos aumentam”, enumera.
Matheus sugere que em uma viagem de um dia, por exemplo, haja quatro ou cinco paradas programadas, água em abundância e comida suficiente.
Por fim, dá dicas do que o tutor precisa levar em conta para contratar uma empresa de transporte. “Tem que verificar em que espaço esse animal vai ser transportado, se o veículo de transporte é climatizado, se haverá pausas para o animal descansar”, afirma. Além disso, cita ser importante ainda que haja uma pessoa qualificada para avaliar e monitorar o pet, na tentativa de identificar qualquer alteração que precise de um atendimento de urgência.