Trechos interditados na Fernando Corrêa causam prejuízo e confusão
Comerciantes alegam que sinalização do local está "perdida" e desvios desmotivam clientes
Comerciantes na região do cruzamento da Avenida Fernando Corrêa da Costa com as ruas José Antônio e Sebastião Lima alegam que os trechos interditados nos locais têm causado prejuízos e confusão. Isso porque, segundo eles, a sinalização dificulta o trânsito e impede que clientes estacionem próximo aos estabelecimentos.
A região está interditada há mais de 40 dias, após fortes chuvas que atingiram a Capital e causaram o deslizamento de placas, fazendo com que o solo afundasse e a ponte ficasse comprometida. Conforme apurado pelo Campo Grande News, a contratação direta das empresas responsáveis pela reforma da ponte deve acontecer nos próximos dias. Segundo a prefeitura, o projeto deve custar em torno de R$ 700 mil.
Enquanto o trâmite não é resolvido, os motoristas convivem com o trânsito confuso e os pequenos e médios empresários enfrentam os prejuízos. Rosivaldo Coelho Cruz, de 50 anos, é dono de uma borracharia localizada justamente no trecho interditado (na Avenida Fernando Corrêa da Costa, com Rua José Antônio).
À reportagem ele comentou que o fluxo de clientes diminuiu pelo menos 10%, seria como uma semana parado, compara sobre a perda do lucro. Três semanas de serviço e uma de prejuízo. "Além disso, tem cliente que quando vê guardas acha que vai ser multado e não vem, não entende a sinalização”, disse.
Ele também explicou que muitos até chegam a falar com ele por telefone sobre o problema em acessar a loja e a dificuldade de chegar até o local. "Não vai dar pra ir, mas eu vou outro dia".
Na Rua Sebastião Lima com a Avenida Fernando Corrêa o cenário não é diferente, são inúmeros cavaletes e cones no meio da rua, deixando confusa a circulação. Robson da Silva Nascimento, de 44 anos, proprietário de uma garagem de carros, ressaltou que, apesar de não ter prejuízos, vê que há muita dificuldade dos motoristas em entender a sinalização.
“Não está correto, muita gente não entende acaba entrando na contramão. A pessoa não entende e acaba sendo multada. Tem muita gente que deixa de vir porque não tem onde estacionar”, disse.
Na mesma rua, antes do cruzamento com a Rua Calarge, Tiana Santana, de 57, proprietária de uma loja de cuidados estéticos, também compartilha da opinião de Robson. Ela disse ao Campo Grande News que além das ruas estarem muito perigosas, pela quantidade de veículos que passam pelo local, não há como estacionar, o que desmotiva os clientes.
Daniele Mota, de 38, faz as unhas no local há 2 anos. Para ela, os desvios acabaram dificultando. “Tem hora que me dá vontade de ir embora, porque não tenho lugar para estacionar e acaba, consequentemente, afetando o negócio das pessoas aqui”.
A manicure, Sthephany Saraiva, de 32, destacou que não há fiscalização no local. “Ficou perigoso porque aqui na Sebastião Lima com a Calarge, os motoristas não estão respeitando. E pode atropelar até os pedestres, porque até pra gente atravessar a rua também fica difícil”.
Carlos Alberto Gate, de 65 anos, funcionário de um posto na Avenida Fernando Corrêa da Costa, revelou que o fluxo de clientes caiu após interdições que já duram quase dois meses. A explicação que os clientes dão ao gerente é que estão procurando alternativas para não precisar passar pela Avenida. "Eles comentam também que esse negócio está demorando muito, o pessoal da prefeitura só vem aqui, olham e não falam nada. Acho que está faltando um empenho, se fosse em outro estado já estaria pronto".
Reforma - Conforme já publicado pelo Campo Grande News, a Secomp (Secretaria-Executiva de Compras Governamentais) explicou que a pasta decidiu pela realização de pregão eletrônico para a contratação direta da empresa que fará a obra na Fernando Corrêa da Costa. O que deve ser feito nos próximos dias, dada a urgência desses trabalhos.
A reportagem contatou a Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) para obter informações sobre como será feita a reforma da ponte e por que a pasta não realizou a obra ainda, mesmo estando classificada como de caráter emergencial, mas não obteve resposta.
A Agetran informou que uma equipe de fiscalização de trânsito atua no local em horários de maior movimento para garantir a fluidez do trânsito no local. O trânsito está acontecendo dos dois lados da via, com retorno um pouco acima para quem segue pela José Antônio.
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