Agentes penitenciários paralisam atividades e pedem mais segurança
Os mais de 1380 agentes penitenciários irão cruzar os braços nesta segunda-feira (05), em Mato Grosso do Sul. Segundo a categoria, o objetivo da paralisação é chamar a atenção da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e do governo do Estado sobre a necessidade de garantir mais segurança aos servidores do sistema.
De acordo com o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), o ato é decorrente de várias situações de ameaça, em que os agentes ficam de mãos atadas. “Exemplo disso é que por força de facções criminosas, a quase um ano não é feita uma fiscalização no estabelecimento penal de Dourados”, explica o presidente do sindicato, André Luiz Santiago.
Além de constantes ameaças de violência por parte dos internos e de riscos de rebeliões, os agentes protestam contra o ataque à vida de um agente na quarta-feira (31) passada.
Anderson Antonio Bogas Severi, 34, que trabalha na penitenciária de segurança máxima de Naviraí, estava em uma Honda Biz e tinha acabado de deixar o filho em uma creche na Rua Ponta Porã, quando foi atacado a tiros por quatro homens que estavam em duas motos. O atentado foi a cem metros da delegacia da Polícia Civil. Pelo menos cinco tiros atingiram o servidor.
“Neste dia vamos parar em solidariedade ao colega, mas não descartamos a possibilidade de greve geral ainda este mês”, relatou Santiago
Braços cruzados – De acordo com o Sinsap, durante o dia de hoje haverá redução de todas as atividades da rotinas das cadeias. “Não vamos soltar presos para ir a escola, setor de trabalho ou atendimento psicossocial, haverá somente atendimentos essenciais como alimentação, atendimentos de saúde e banho de sol, previstos em lei”, disse.
A expectativa do sindicato é que todos os agentes penitenciários do Estado participem da manifestação. Um ato de manifesto em frente ao presídio de segurança Máxima de Campo Grande também está previsto para hoje.