“Causam terror, chegam chutando tudo”, diz dono de sorveteria assaltada
Crime aconteceu por volta das 19h de sábado (dia 13), em uma sorveteria na Avenida Júlio de Castilho, no Jardim Panamá
“Eles chegam chutando tudo. Causando terror”, lamenta um comerciante de 35 anos, que na noite de sábado (dia 13) teve pela 8ª vez o comércio assaltado. Nem mesmo as câmeras de seguranças ou a movimentação na rua intimidam os ladrões que agem a qualquer hora do dia.
O proprietário tem três sorveterias na cidade, duas na Avenida Júlio de Castilho e uma na Rua Brilhante. Todas já foram alvos de bandidos. No dia do crime, por volta das 19h, dois homens invadiram uma das lojas que fica, no Jardim Panamá, renderam as funcionárias e fugiram com R$ 89. Toda ação dos bandidos foi filmada.
“O dinheiro levado é pouco. O problema é o terror e o pânico que eles causam nas vítimas”, lamenta. Segundo o comerciante, no momento que ocorreu o crime, duas funcionárias atendiam na sorveteria. Um dos bandidos, que aparece nas imagens de camiseta azul, chegou primeiro e pediu água. Em seguida, ele saiu e após cerca de dois minutos retornou junto com o comparsa (de camiseta rosa) anunciando o assalto.
Nas imagens, os dois homens - que aparentam ser menores de idade - aparecem simulando que estão armados. Em nenhum momento, eles mostraram a arma de fogo. Enquanto um aterrorizava uma das vítimas, o outro foi para o caixa pegar o dinheiro. O comerciante diz que após o roubo teve que fechar a sorveteria. As funcionárias ficaram em pânico. "Elas tremiam muito", diz o comerciante. Ele não procurou a Polícia Civil para registar boletim de ocorrência.
Nos primeiros quinze dias deste ano, foram registrados nas delegacias da cidade 222 roubos, somente em Campo Grande. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 348 casos, teve queda de 36%. O ano de 2017 fechou com 6.615 ocorrências. Os dados estão disponíveis no site da Sejusp (Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública). Assista ao vídeo do assalto na sorveteria.
Identificação - Os rostos dos suspeitos foram borrados para evitar a identificação dos mesmos, uma vez que a reportagem não tem como saber se os ladrões têm menos de 18 anos. O artigo 247 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) proíbe a divulgação.
A Polícia Civil tem as imagens originais e trabalha para identificar os criminosos ou adolescentes infratores.