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Capital

“Tinha 80% de chances”, diz irmã sobre mulher que morreu após quimioterapia

Francisco Júnior | 18/07/2014 12:16

“Ela tinha 80% de chance de cura”, o desabafo é de Marta Insfran Bernard ao falar da irmã, Carmen Insfran Bernard, 48 anos, que morreu no dia 10 de julho após fazer sessões de quimioterapia na Santa Casa de Campo Grande.

Carmem lutava contra um câncer no estômago desde fevereiro deste ano. Segundo Marta, a irmã estava feliz, pois acreditava que estivesse praticamente curada, certeza que tinha principalmente após a cirurgia em que foi submetida para a retirada do tumor.

“Na cabecinha da minha irmã, ela já estava curada”, conta Marta ao relatar a expectativa de Carmem para o fim o tratamento.

Segundo ela, a irmã estava na fase de “cura do câncer”, em que o tratamento é menos agressivo a ponto de não ter queda de cabelo.

A revolta da família é pelo fato de Carmem estar apresentando melhora significativa, mas após ultima sessão da quimioterapia teve seu quadro clínico agravado e que acabou evoluindo para sua morte. “ Tem muita coisa a esclarecer”, afirmou.

A suspeita da família é que ela tenha morrido em decorrência de uma reação ao medicamento. “A quimioterapia é um coquetel de medicamentos. O laboratório vai ter que ser explicar”, acrescentou.

Marta procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro para registrar Boletim de Ocorrência sobre a morte da irmã. O caso foi registrado como morte a esclarecer.

Carmem era solteira e morava com a mãe até ser diagnosticada com a doença, durante o tratamento foi morar com uma outra irmã, que é vizinha de Marta.

Outras duas famílias procuraram a Polícia para relatar que perderam parentes que foram submetidos a quimioterapia na Santa Casa. Estiveram na delegacia familiares de Maria Glória Guimarães, de 61 anos, e Norotilde Araújo Greco, de 72 anos.

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