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Capital

Velha conhecida da polícia, mulher é presa após dar golpe em 18 vítimas

Margareth responde três processos na justiça e tem pelo menos 15 boletins de ocorrências registrados pelo crime

Fernanda Palheta | 26/04/2019 20:13
Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia da Vila Piratininga. (Foto: Fernanda Palheta)
Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia da Vila Piratininga. (Foto: Fernanda Palheta)

Depois ser condenada pelo crime de estelionato, responder três processos na justiça e ter pelo menos 15 boletins de ocorrências registrados, Margareth Vilela Pereira foi presa novamente na tarde desta sexta-feira (26). No último golpe aplicado pela mulher, que também se passa por advogada, fez pelo menos 18 vítimas.

Indicada por conhecidas, Margareth intermediava a compra de apartamentos e agenciava empregos. Uma das vítimas, que não quis se identificar conta que conheceu a golpista por meio de uma terceira pessoas. "Após a Caixa ter feito uma retomada de apartamentos que não foram pagos essas unidades seriam sorteadas novamente. Me indicaram ela com essa proposta. Para intermediar os documentos ela cobrou R$ 650,00 e falou que precisava desse dinheiro para ontem. Como todo mundo não tinha sua casa própria caiu fácil, porque é uma coisa que todo mundo quer", conta.

Conforme Goe (Grupo de Operações Especiais) ela oferecia duas opções R$ 650,00 para a compra apenas do apartamento e R$ 850,00 para a compra do apartamento com uma carta de crédito da Caixa Econômica Federal para a compra de móveis. Quando conheceu a golpista a vítima ainda perguntou quantas unidades estavam disponíveis. "Perguntei se teria disponibilidade para uma amiga e ela disse que sim, 'tem apartamento para todo mundo', Foi assim que cresceu, uma pessoa foi passando para outra", lembra.

A opção escolhida pela vítima foi a compra apenas do apartamento. "Paguei R$ 650,00 no dia 11 de março. Como éramos as primeiras a procurá-la ela falou que ia nos dar a carta de crédito. Ela mandou a gente ir na loja, escolher os móveis e passar a planilha para ela. E nós fomos, escolhemos e fizemos a planilha", detalha. Para intermediar a “compra” do apartamento, Margareth ia constantemente ao banco, mas as clientes não podiam acompanhar. “Como ela não tem carro, ela pedia carona. Nós levávamos ela até a Caixa, mas a gente não podia entrar, tínhamos que ficar no carro esperando. De vez em quando a gente entrava e sem falar com ninguém assinávamos documentos”, conta a vítima.

Nos dois meses de negociação, Margareth justificava a demora na compra do apartamento por problemas na documentação. A golpista ainda intermediou emprego para a vítima. “Eu estava desempregada e ela falou que tinha uma vaga de emprego em uma escola de Terenos. A vaga era para ser auxiliar de merendeira, com um salário de R$ 2.250,00. Nós chegamos a ir a Terenos com ela, mas antes de chegar na cidade o carro quebrou e tivemos que voltar”, relata.

Depois Margareth afirmou que surgiu uma vaga em um Emei de Campo Grande, no bairro Cophavilla II. “Nós chegamos a fazer exame admissional e ir nessa escola e quando ela foi falar com a Diretora do lugar não deixou ficarmos perto, foi então que uma amiga começou a desconfiar e chamamos a polícia”, explica. Margareth aplicava os golpes no Aero Rancho e aplicava os golpes no Guanandi II.

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