"Vou pagar, nem que peça empréstimo", diz Marquinhos sobre salários
Sem saber quanto terá em caixa ao assumir a prefeitura de Campo Grande daqui a dois dias, Marquinhos Trad (PSD) já demonstra preocupação com a folha de pagamento dos servidores municipal referente ao mês de dezembro e não descarta ter de recorrer a empréstimo bancário. Nesta sexta-feira (30) afirmou que pagamento de salário é prioridade.
"Funcionário público não pode ser penalizado por má gestão. Vou pagar, nem que tenha que pedir empréstimo, vou procurar o banco e pagar os servidores", declarou, em entrevista esta manhã no programa Povo na TV. A folha de dezembro vence no início de já na gestão do prefeito eleito Marquinhos Trad e soma cerca de R$ 100 milhões para 22 mil servidores.
O atual prefeito, Alcides Bernal (PP) não conseguiu pagar em dia 13º salário, cuja última parcela foi depositada, segundo ele, nesta quinta-feira (29). Diante de tamanho aperto, o sucessor de Bernal teme a falta de recursos para a folha do próximo mês, além de outros compromissos em atraso, como o repasse ao Hospital do Câncer, por exemplo, que soma R$ 1,8 milhão.
Outra questão emergencial deixada esta semana ao novo prefeito é a limpeza da cidade. Com a rescição do contrato com a Solurb, estão comprometidos os trabalhos de varrição, capinagem e pintura de meio fio. A coleta de lixo está garantida apenas pelos próximops 60 dias e uma nova licitação deverá ser feita em regime de urgência.
Já o contrato com as empresas responsáveis pelas operações tapa-buracos foram suspensos judicialmente e as equipes de manutenção retiradas das ruas. A justiça também bloqueou cinco contas correntes do Município e o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estados) impediu que a prefeitura sacasse o montante arrecadado com o pagamento antecipado do IPTU 2017, entre outras questões que marcam o fim de ano da atual gestão.