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Capital

Acadêmico que causou acidente fatal dirigia a 115 km/h, conclui perícia

Causa determinante da colisão, entretanto, foi o fato de advogada ter passado no sinal vermelho

Anahi Zurutuza e Geisy Garnes | 29/11/2017 10:36
Carro de advogada no local do acidente; veículo foi arrastado por mais de 100 metros do local da batida,
(Foto: Divulgação)
Carro de advogada no local do acidente; veículo foi arrastado por mais de 100 metros do local da batida, (Foto: Divulgação)

João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, o estudante de medicina que causou a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, trafegava pela avenida Afonso Pena a cerca de 115 km/h. A conclusão é da perícia.

Na manhã desta quarta-feira (29), em entrevista coletiva concedida à imprensa, o perito Antônio César, que esteve no local do acidente, explicou que baseado nas marcas de frenagem no chão, nos danos causados pela colisão nos dois veículos e outros vestígios encontrados na cena da morte de Carolina, a perícia chegou a velocidade que a caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro.

A perita Samira Vieira Silva foi a responsável pela análise das imagens da câmera de segurança que filmou o momento da batida. Ela explicou que como o vídeo é curto e alcança apenas o momento do acidente foi possível determinar que o veículo estava a no mínimo 104 km/h e no máximo 130 km/h, número que bate com o trabalho pericial no local da colisão. “É um elemento a mais para provar o que de fato aconteceu naquele dia”, explicou.

Causa determinante – A alta velocidade causou a morte de Carolina, segundo a perícia. Mas, os peritos concluíram que a “causa determinante” do acidente foi o fato da advogada ter desrespeitado a sinalização de trânsito. Ela transitava a cerce de 30 km/h.

Delegado Geraldo Marim (no meio) e peritos durante coletiva de imprensa (Foto: Geisy Garnes)
Delegado Geraldo Marim (no meio) e peritos durante coletiva de imprensa (Foto: Geisy Garnes)

Investigação e tese – De acordo com o delegado Geraldo Marim, o inquérito ainda não foi concluído porque a polícia têm recebido denúncias de que João Pedro dirigia alcoolizado.

Investigadores estão apurando as informações e em busca da comprovação de que o motorista estava bêbado na hora do acidente.

O responsável pelo inquérito informou, entretanto, que os resultados das perícias pode fazer a polícia mudar a tese sobre o que aconteceu. Hoje, João Pedro é investigado por homicídio por dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar. Mas, no fim da investigação, o delegado pode indiciá-lo por homicídio culposo.

Morte - O acidente que matou a advogada aconteceu por volta da meia-noite e meia do dia 2 de novembro, uma quinta-feira, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Paulo Coelho Machado, em frente ao Shopping Campo Grande.

Carolina voltava de um encontro com as amigas, quando teve o VW Fox que dirigia atingido pela caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro. 

O motorista que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia seguinte ao acidente, se apresentou à Polícia Civil no dia 4. O rapaz passou o fim de semana em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, mas foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 50,5 mil.

 

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