Delegado pede quebra de sigilos de acadêmico que matou advogada
Foram feitos pedidos de quebra de sigilo telefônico, bancário e da internet, que serão usados para descobrir onde o jovem esteve no dia do crime
O delegado Geraldo Marim, responsável pelas investigações do acidente que matou a advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos, e feriu o filho dela, de 3 anos e 8 meses, pediu nessa semana a quebra dos sigilos telefônicos, bancários e de internet do acadêmico de Medicina, responsável pela batida.
Para Marim, a quebra dos sigilos irá confrontar com o depoimento de João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos. "Ele diz que esteve o dia todo em casa, com a quebra do sigilo telefônico já dá para saber se isso é verdade, mas como todo mundo usa aplicativo de localização, isso vai ficar mais concreto através do rastreamento".
Além da localização do acadêmico, será possível descobrir também se ele consumiu algum produto em bares ou comércio. "Não vai dar para garantir que ele ingeriu álcool, mas se for comprovado a movimentação na conta dele, já dá para saber que o depoimento não condiz com a realidade".
Para o delegado, a principal função desses pedidos será para confrontar com o relato de João Pedro. "Ainda essa semana espero que o juiz deve dar uma resposta sobre os pedidos, além disso os laudos, para confirmar se o João estava em alta velocidade e qual era, também devem chegar", conclui.
Pedido da defesa – No final da semana passada, a defesa de João Pedro já tinha entrado com o pedido de quebra de sigilo telefônico e bancário da advogada, para averiguar se ela teria ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.
Carolina voltava de um encontro com amigas quando foi atingida, na madrugada de 02 de novembro, pela caminhonete que João Paulo conduzia. De acordo com testemunhas, ele mostrava sinais de embriaguez e estaria em alta velocidade, fatos negados pelo estudante durante depoimento.