Universitário admite que estava em alta velocidade e atribui fuga a pânico
oão Pedro já responde por homicídio doloso, pois assumiu o risco de matar, lesão corporal, omissão de socorro e evasão de local de acidente.
O estudante de Medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, que matou no trânsito a advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, e feriu o filho dela de 3 anos e 8 meses, na madrugada de quinta-feira (dia 2), admitiu que dirigia acima da velocidade permitida para a via de 50 km/h e atribuiu fuga a pânico.
O acidente aconteceu na Avenida Afonso Pena, no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande. Conforme depoimento à polícia, o universitário contou que dirigia a caminhonete Nissan Frontier em uma velocidade de 60 km/h a 70 km/h. Mas nega que tivesse embriagado. No entanto, conforme a Polícia de Trânsito, que foi uma das primeiras a chegar no acidente, João trafegava em torno de 160 km/h.
Ele afirmou que ouviu a criança chorando, mas o bombeiro já havia sido acionado por testemunhas. Segundo ele, chegou a procurar o celular para a avisar a família sobre o acidente, mas não encontrou o aparelho e só fugiu porque entrou em pânico. Porém, testemunhas afirmam que o rapaz só fugiu após falar ao celular. Ele teria sido orientado pelo pai a fugir.
Uma testemunha de 27 anos foi atrás do autor e o questionou sobre a fuga. Segundo depoimento dela à polícia, João Pedro teria dito que não podia se envolver 'de novo em acidente'. Além disso, havia consumido bebida alcoólica e foi orientado pelo pai a sair do local.
A batida foi tão forte que Fox, que Carolina conduzia, foi parar a 100 metros do ponto da colisão e capotou. A caminhonete também capotou e parou tombada. Carolina morreu no local. O filho dela, de 3 anos e 8 meses, que estava na cadeirinha no banco traseiro, fraturou a clavícula. A criança recebeu alta no domingo (5). O irmão de João Pedro, que também estava na caminhonete, precisou de atendimento médico, mas em seguida foi liberado.
João Pedro teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira (3), mas se apresentou à Polícia Civil na tarde de sábado (4). O rapaz passou o fim de semana em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. No entanto, teve o pedido de prisão revogado e na segunda-feira (6) foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 50.598,00. Ele responde ao processo em liberdade e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. João Pedro já responde por homicídio doloso, pois assumiu o risco de matar, lesão corporal, omissão de socorro e evasão de local de acidente.
O Campo Grande News tentou contato com a família e o advogado de João Pedro, mas não conseguiu.