Universitário esperou socorro em local de acidente, dizem testemunhas
Porém, testemunhas relatam que o acadêmico não foi ofendido ou ameaçado
O estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, ficou no local do acidente que matou advogada de 24 anos até a chegada do socorro, dizem testemunhas.
Carolina Albuquerque Machado morreu na batida provocada pelo acadêmico na madrugada do Dia de Finados, na avenida Afonso Pena. A princípio a informação era de que ele tinha fugido sem prestar socorro ao filho da vítima de 3 anos, que ficou ferido.
Conforme o delegado que está à frente das investigações, Geraldo Marin, da 3ª DP (Delegacia de Polícia), até o momento foram ouvidas seis testemunhas. “Todas que presenciaram o acidente e ajudaram no socorro disseram que João Pedro ficou até a chegada do Corpo de Bombeiros no local”, revela.
Contudo, a versão de que ele saiu do local, pois era ameaçado não foi comprovada. “Nos depoimentos ninguém relatou nenhuma ofensa ou ameaça ao estudante. Os relatos são apenas de que João Pedro estava desorientado, mas não se sabe se era por ter bebido ou pelo choque do acidente”, detalha.
O delegado ainda aguarda os laudos periciais da cena da batida e também das imagens que mostram o momento do acidente. “A expectativa é de que o inquérito seja concluído ainda no início de dezembro, antes do recesso forense do Fórum”, comenta.
Morte - O acidente que matou a advogada aconteceu por volta da meia-noite e meia de quinta-feira (2), no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Paulo Coelho Machado, em frente ao Shopping Campo Grande.
Carolina voltava de um encontro com as amigas, quando teve o VW Fox que dirigia atingido pela caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, que segundo o BPTran (Batalhão de Polícia de Militar de Trânsito), trafegava em torno de 160 km/h.
João Pedro, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira (3), se apresentou à Polícia Civil na tarde de sábado (4). O rapaz passou o fim de semana em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, mas foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 50,5 mil.
A Justiça avalia pedido da família da advogada de reconsideração da decisão que revogou a prisão preventiva do estudante.
Veja o momento do acidente: