“Ele não tinha outra opção”, diz pai de advogada após prisão de estudante
O estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, condutor da caminhonete que se envolveu no acidente e fugiu sem prestar socorro, se apresentou à polícia ontem
A família de Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, morta em acidente de trânsito na última quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena, diz que vai aguardar com serenidade a decisão da Justiça sobre o destino do estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, condutor da caminhonete que se envolveu no acidente e fugiu sem prestar socorro.
João Pedro, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira (3), se apresentou à Polícia Civil, na tarde de ontem (4). O rapaz está detido em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e amanhã deve ser transferido para um presídio.
“A gente aguarda a decisão da Justiça com serenidade. Não sabemos se ele vai continuar preso. Nós somos pessoas de bem e estamos tranquilos. Ele só se apresentou porque não tinha outra opção”, desabafa o engenheiro Lázara Barbosa Machado, 63 anos, pai de Carolina.
Carolina voltava de um encontro com as amigas, quando teve o VW Fox que dirigia atingido pela caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, que segundo a Polícia de Trânsito, trafegava em torno de 160 km/h. Após a batida, o rapaz fugiu a pé sem prestar socorro. O filho de Carolina, de 3 anos e 8 meses, que seguia na cadeirinha no banco traseiro fraturou a clavícula. A criança, segundo Lázaro, recebeu alta neste domingo (5) e está na casa da avó paterna. “Ele ainda sente dor”, diz.
Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) disse que vai exigir rigorosa apuração sobre o acidente que matou a advogada."A Ordem cobrará apuração rigorosa dos fatos, principalmente devido à fuga do autor do acidente, que não prestou socorro às vítimas”.