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Capital

Adolescentes procuram postos de saúde, são medicados e morrem horas depois

Casos são distintos e ocorreram nessa quinta-feira; Sesau abrirá sindicância

Por Dayene Paz e Antonio Bispo | 31/01/2025 07:22
Adolescentes procuram postos de saúde, são medicados e morrem horas depois
UPA Leblon, onde um dos rapazes foi atendido. (Foto: Divulgação)

Dois adolescentes, de 13 e de 14 anos, morreram horas depois de procurarem ajuda médica com dores intensas, em Campo Grande. Eles chegaram a receber medicação em unidades de saúde, mas foram liberados. Os casos não têm ligação, mas ocorreram nessa quinta-feira (30) e são investigados pela Polícia Civil.

O primeiro registro foi o do adolescente de 13 anos. Segundo a polícia, ele começou a sentir dores fortes nos testículos e procurou a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, onde recebeu medicação e foi liberado. Contudo, durante a tarde, voltou a passar mal e a dor se irradiava para o peito.

O rapaz procurou novamente a UPA Leblon, mas já em estado mais crítico e foi encaminhado para o Hospital Regional, onde teve uma parada cardíaca e morreu.

Outro caso - Também nessa quinta, um adolescente de 14 anos procurou a unidade de saúde do Bairro Coophavila com dores intensas no corpo. Ele foi medicado pela equipe de plantão e liberado. Mas também voltou a sentir dores e durante a tarde retornou ao posto. Novamente medicado, voltou para a casa.

O rapaz se deitou e quando a mãe foi até ao quarto, o encontrou desacordado. Acionado, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constatou a morte. Nesse caso, o adolescente tinha a síndrome de Marfan - um distúrbio raro do tecido conjuntivo que causa anomalias nos olhos, nos ossos, no coração, nos vasos sanguíneos, nos pulmões e no sistema nervoso central.

Ambos os casos foram registrados na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol como "morte decorrente de fato atípico" e são investigados pela Polícia Civil.

A titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, Rosana Leite, disse ao Campo Grande News que será aberta sindicância para apurar ambos os casos. "São graves e vamos apurar se todos os procedimentos foram tomados. Será aberta sindicância e, caso necessário, processo administrativo", disse.

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