Advogada da Capital é alvo da PF em operação contra fraude em criptomoedas
Advogada intermediava a movimentação financeira com empresa investigada na 1ª fase da operação, segundo PF
Advogada de Campo Grande é alvo de Operação Valeta, a 3ª fase da Operação Kryptos da PF (Polícia Federal), deflagrada com objetivo de desarticular organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.
A operação conta com 20 policiais federais, sendo comandada pela PF do Rio de Janeiro, cumpre seis mandados em MS e SP, sendo um de prisão e cinco de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Um dos mandados foi cumprido no imóvel localizado no Bairro Itanhangá Park, região nobre de Campo Grande, segundo apurado pela reportagem. O mandado de prisão, segundo apurou a reportagem também foi cumprido, e a a advogada, presa.
De acordo com a investigação, uma advogada responsável pela administração de duas empresas, sediadas em Campo Grande, desenvolvia o papel de intermediar a movimentação financeira entre a principal empresa investigada na Operação Kryptos e empresas estabelecidas no exterior.
A PF informou que essa intermediação possibilitou a continuidade das fraudes, mesmo após a deflagração da 1ª fase da operação, em agosto de 2021, ao contrário, até se intensificou.
Este “braço” da organização criminosa investigada também foi o responsável pela criação de corretora de criptoativos, com intuito de evitar que a polícia conseguisse fazer o bloqueio ou confisco de bens.
Os investigados responderão pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais e, se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão.
O nome da apuração é alusão ao nome da capital de Malta, país insular localizada no sul da Europa.
1ª fase - Na Operação Kryptos, deflagrada no dia 27 de agosto de 2021, a PF apreendeu R$ 15,3 milhões nos mandados cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.
A operação teve como objetivo desarticular organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. A investigação aponta que a GAS Consultoria, sediada em Cabo Frio, é responsável pela operacionalização da pirâmide.