Advogada é esfaqueada por ex-aluno em escola
Mulher deixava filho no local; suspeito estava usando uniforme da Rede Estadual de Ensino e foi apreendido
Advogada de 46 anos foi esfaqueada no início da tarde desta quinta-feira (18), ao deixar o filho na Escola Municipal Bernardo Franco Baís, localizada na Avenida Calógeras, próximo ao Cemitério Santo Antônio, no Bairro Vila Glória. O autor é um adolescente de aproximadamente 15 anos, ex-aluno da escola, que usava uniforme da Rede Estadual de Ensino.
Ao Campo Grande News, o filho mais velho da mulher disse que foi até o local após ser avisado do incidente. Segundo ele, que prefere não se identificar, a mãe foi atingida na região da lombar e levada para atendimento médico na Santa Casa pelo Corpo de Bombeiros. O autor teria se infiltrado no meio dos alunos que entravam na escola.
Logo após atingir a advogada, ele foi detido por um agente patrimonial que estava na escola, até a chegada da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e da PM (Polícia Militar). De acordo com o tenente Rafael Ribeiro, foram apreendidas com o adolescente quatro facas e uma marreta. Ele foi levado para a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), onde caso será registrado. Ainda não se sabe o que teria motivado a agressão.
No entanto, os pais de alunos que estavam no local ficaram assustados e decidiram levar as crianças de volta para casa. Gracia Miranda, 40 anos, é uma das mães que deixava as duas filhas na unidade. Chorando muito, ela contou à reportagem que estava fazendo o retorno para ir embora quando viu a polícia chegar.
“Nem sei direito o que aconteceu, deixei minhas filhas e cinco minutos depois, vi a polícia chegando. Estou aqui esperando para levá-las embora. Estou desesperada e agoniada com tantas tragédias acontecendo”, disse Gracia.
Os pais dos alunos, que já estavam na unidade, foram avisados e também estão indo buscar as crianças. Por conta disso, há uma grande movimentação na frente do local, muitas mães estão chorando assustadas com a situação.
"Eu nem sei qual a real situação, mas vim buscar minha filha na hora. Melhor prevenir, mas tem que acabar com essa palhaçada de proteger. Não é porque tem 15, 16, 17 anos. Tem que responder pelo que tá fazendo. Eu só sei que ele esfaqueou a mãe de um aluno", afirmou Eder Torres, empresário.
O Campo Grande News entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Ensino) e aguarda o retorno.
