Agência propõe tarifa de ônibus a R$ 2,94, mas sem novo reajuste do diesel
O diretor-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Rudel Espíndola Trindade Junior, apresentou a tarifa técnica de R$ 2,94. No entanto, neste valor não está previsto o novo reajuste do diesel, que tem possibilidade de aumentar ainda essa semana em 10%. “Esse reajuste do diesel pode mudar o valor da tarifa técnica de ônibus, pois cada 1% do aumento do diesel impacta em 1 centavo na tarifa”, explica.
A apresentação da tarifa técnica foi feita para 16 representantes de entidades e durou mais de quatro horas onde foi mostrado o estudo de avaliação do sistema de transporte de Campo Grande. “O contrato de concessão prevê Todo dia 25 de outubro temos fazer uma reunião para avaliar o sistema de transporte de Campo Grande”, explica.
Segundo Rudel, o estudo prevê os gastos com funcionários, combustíveis e novos ônibus. Ele explica que 40% dos gastos são com mão de obra, 25% com combustíveis e 25% com o preço do ônibus. “A tarifa técnica é de R$ 2,94. Isso incluindo a redução de 5% do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) que está previsto em lei”, argumenta.
Rudel explica que durante a reunião foi discutido com o conselho os valores, foi questionado a revisão, mas só cabe ao prefeito Gilmar Olarte (PP) a medida de aceitar o valor do estudo ou pedir outro estudo tarifário.
O diretor-presidente fez um histórico da situação do valor da tarifa de ônibus em Campo Grande e lembrou que na época que o ex-prefeito Alcides Bernal estava no poder que houve a redução do ISS por decreto de lei que subsidiou o valor da tarifa de ônibus. A prefeitura criou um fundo para custear as gratuidades.
No entanto, ele ainda não recebeu recursos. Conforme o diretor da Agereg, serão necessários R$ 8,3 milhões por ano para bancar o passe de 55 mil alunos cadastrados. Ainda de acordo com Rudel, não há prazo para fechar o valor da tarifa, porém o contrato com o Consórcio Guaicurus, que venceu licitação para explorar o serviço, prevê revisão tarifária no mês de outubro.
Há três exigências contratuais de melhorias: veículos articulados, centro de controle operacional e pesquisa de origem e destino. Conforme Rudel, a pesquisa deve ser feita três meses antes da conclusão dos novos terminais. “O atraso do PAC Mobilidade afetou muito”, avalia. Já os ônibus articulados dependem da implantação dos corredores do transporte coletivo.
De acordo com Haroldo Borralho, represente do Fórum dos Usuários, a população não esta muito preocupada com o aumento da tarifa de ônibus já que as empresas que pagam o valor. Ele afirma que a população quer serviços de boa qualidade sem atrasos e superlotação de veículos.
Participaram da reunião 16 representantes da Associação Comercial e Industrial, da OAB/MS (Ordem dos Advogados de Mato Grosso do Sul), Planuber (Instituto Munic. de Planejamento Urbano), do Crea-MS (Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos de MS) e Feuma-MS (Federação Estadual das Uniões das Associações de Moradores e Entidades Comunitárias).