Agepen faz pente fino na Máxima com participação de Choque e Polícia Civil
Agentes penitenciários da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária), policiais militares do Batalhão de Choque e policiais civis realizam na manhã desta quinta-feira (22) uma operação que faz um pente-fino nas celas do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, no Jardim Noroeste (zona leste).
Oficialmente, a cúpula da Agepen diz que a atividade é rotineira e já estava prevista. Entretanto servidores ouvidos pelo Campo Grande News na porta da penitenciária dizem que não houve aviso prévio das atividades no local e que geralmente elas são sigilosas.
As revistas começaram por volta das 8h e não têm horário programado para terminar. Um balanço deve ser divulgado à tarde.
Os trabalhos no local contam com pelo menos 40 homens, entre policiais e agentes. O objetivo é localizar e apreender celulares, drogas e armas. Além de rastrear possíveis novas lideranças de facções criminosas.
É a terceira operação ocorrida em presídios da Capital desde o início do mês. Diferente das outras duas, contudo, esta não contou com a participação e organização do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual.
No último dia 12, foi deflagrada a Operação Chip no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) para apurar crimes de corrupção, peculato, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Na ocasião, três pessoas foram detidas, entre elas um servidor.
Na casa do agente penitenciário Cleiton Paulino de Souza, preso na operação, os agentes encontraram 23 celulares, alguns embalados e prontos para serem entregues no presídio, além de uma balança de precisão e R$ 8,6 mil em dinheiro. Também foram apreendidos, durante buscas no presídio, celulares, carregadores, fones de ouvido, chips, maconha, cocaína e alimentos, que eram comercializados de maneira irregular no estabelecimento penal.
No dia 16, o alvo foi o Centro de Triagem Anízio Lima. Celulares e drogas foram apreendidos, mas o balanço dos trabalhos feitos não foi divulgado pelo Ministério Público na ocasião.
Desde o início do mês que a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) planeja operações de impacto na Máxima como forma de responder o fato da execução de duas irmãs no Paraguai ter sido ordenada pelo celular, de dentro do presídio.