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Capital

Alvos da nova fase da Lama Asfáltica são transferidos para Centro de Triagem

João Roberto Baird, Antônio Celso Cortez e André Luiz Cance, três dos quatro alvos de mandados de prisão, deram entrada por volta das 16h na unidade

Liniker Ribeiro | 27/11/2018 18:24
Fachada do Centro de Triagem Anízio Lima, em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Fachada do Centro de Triagem Anízio Lima, em Campo Grande (Foto: Arquivo)

Os empresários João Roberto Baird e Antônio Celso Cortez, assim como o ex-secretário adjunto de Estado de Fazenda, André Luiz Cance, presos nesta terça-feira (27) na sexta fase da Operação Lama Asfáltica, deram entrada no Centro de Triagem Anízio Lima, em Campo Grande. Segundo apurado, os três deram entrada no local por volta das 16h.

O quarto alvo dos mandados de prisão expedidos na nova fase da operação, o pecuarista Romilton Rodrigues de Oliveira, deve se apresentar à Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (28), conforme o advogado Tiago Bunnin, que se apresentou ao Campo Grande News como defensor do pecuarista.

Baird foi o primeiro a chegar à sede da superintendência da PF, na manhã de hoje, para prestar depoimento. André Luiz Cance, que chegou a ser considerado foragido, se apresentou no fim da manhã no mesmo local.

Já a justificativa do advogado de Romilton, é de que o investigado foi “surpreendido” ao saber que foi alvo, mas, hoje, está em sua fazenda na região sul do Estado. Por isso, vai se apresentar amanhã, confirmado combinado com a PF.

No Centro de Triagem também estão presos o ex-governador André Puccinelli e seu filho, André Puccinelli Júnior, presos desde o dia 20 de julho.  

Resumo - Apelidado de “Bill Gates Pantaneiro”, o empresário João Roberto Baird foi o primeiro preso a chegar à sede da PF (Polícia Federal) de Campo Grande para depor nesta manhã. Cance já foi alvo de outras fases da Lama Asfáltica, mas não foi encontrado na manhã de hoje e é considerado foragido. Antônio Celso Cortez é dono da PSG Tecnologia Ltda. e seria sócio de Baird.

A PF (Polícia Federal), a CGU (Controladoria Geral da União) e a Receita Federal foram às ruas nesta manhã para cumprir 4 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão em Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos.

Em Campo Grande, equipe foi no TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), no Parque dos Poderes. No local, as buscas foram feitas no gabinete de assessor do conselheiro Osmar Jerônymo, que foi braço direito de André Puccinelli (MDB).

Os policiais e agentes da CGU e da Receita também fizeram buscas no escritório de advocacia Fábio Leandro Advogados Associados. Fábio Castro Leandro, que dá nome à empresa de assistência jurídica, foi procurador-geral da Prefeitura de Campo Grande quando Gilmar Olarte assumiu o comando do Executivo municipal. O advogado também é filho do desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Paschoal Carmello Leandro.

A força-tarefa apreendeu documentos ainda na casa de João Baird, no Edifício Monterosso, na rua Antônio Maria Coelho, em frente ao Parque das Nações Indígenas.

De acordo com a PF, nesta fase, donos de empresas de informática que prestam serviços para o Poder Público são investigados por enviar valores clandestinamente para o exterior e o uso de “laranjas” para ocultar patrimônio adquirido com dinheiro desviado dos cofres públicos.

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