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Capital

Ameaça antecedeu perseguição e morte a tiros na Capital: "Se vier, vou te matar"

Julio Cesar da Silva, 51, foi atingido no pescoço ao cobrar dívida de R$ 1 mil no sábado

Gabrielle Tavares | 20/03/2022 08:07
Júlio César estava ha 15 dias em Campo Grande, a serviço (Foto/Reprodução)
Júlio César estava ha 15 dias em Campo Grande, a serviço (Foto/Reprodução)

Cobrança que acabou em tragédia no São Conrado na noite de ontem (19) começou em desavença ainda pela manhã de sábado. O suspeito, já identificado pela Polícia Civil, teria discutido ainda no período da manhã, por telefone e ameaçado os revendedores de produtos, com os quais negociava: "Se vier, vou te matar".

Uma das vítimas é Júlio César da Silva, 51 anos, de residente em Araújos (MG) e estava há apenas 15 dias em Campo Grande, a serviço. Ontem, morreu com tiro no pescoço. O outro, Rodolfo Antônio Martins, 33 anos, foi ferido a coronhadas na cabeça. O autor está foragido.

Perícia no local do crime, no bairro São Conrado (Foto: Clayton Neves)
Perícia no local do crime, no bairro São Conrado (Foto: Clayton Neves)

O crime aconteceu por volta das 18h, na rua Candomblé, no São Conrado. Consta no boletim de ocorrência que Rodolfo Martins, conversava com o agressor que devia a quantia de R$ 1 mil para o grupo e recebeu a ameaça.

O suspeito dos tiros havia recebido mercadorias do trio para revender e devia repassar a quantia a eles. À noite, recebeu uma mensagem que dizia, “pode vir de boa, já estou com dinheiro”.

O grupo composto por Rodolfo, Julio Cesar e Denis Santos Alves foi até o endereço do devedor, no Jardim São Conrado. Rodolfo, que estava no banco do passageiro, à frente, foi recebido com coronhadas na cabeça, aos gritos de “desce do carro”.

De acordo com as testemunhas, as vítimas pediram para que ele guardasse a arma. foi quando ele efetuou os disparos contra Julio Cesar, que estava na direção do veículo. Como reflexo, este acelerou o carro e ainda andou por quatro quadras e meia, mas perdeu a direção e parou em cima de uma calçada, na rua General Valter Gustavo Escheneek.

Rodolfo Martins foi ferido a coronhadas (Foto: Direto das Ruas)
Rodolfo Martins foi ferido a coronhadas (Foto: Direto das Ruas)

“Voava sangue do pescoço dele, eu fiquei doido lá dentro, medo dele [rapaz] correr atrás da gente”, contou uma das testemunhas ao Campo Grande News, na noite de ontem.

Foi quando o atirador, acompanhado de mais duas pessoas, perseguiram os vendedores, portando uma pistola e uma facão de 12 centímetros.

Os dois sobreviventes conseguiram se esconder em residências próximas e receberam ajuda de um morador que chamou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O grupo é do município de Araújos (MG) e alugou uma casa em Campo Grande há cerca de 15 dias, onde está desde então para vender os produtos.

 A polícia não teve acesso às mercadorias. Dois suspeitos já foram identificados pela Polícia Civil e um deles, o que matou Júlio César, é considerado foragido. Segundo informações apuradas pela reportagem, o corpo já foi liberado está no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e deve ser levado para Minas Gerais. (Colaborou Ana Beatriz Rodrigues).

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