Ameaças de vítima antecederam morte a tiros em frente à posto
Gabriel Soriano, 27 anos, foi atingido a tiros após discussão; ele foi socorrido, mas morreu no hospital
Ameaças de Gabriel Soriano da Silva, de 27 anos, contra Jones Vera Gonçalves, de 39, antecederam o homicídio na tarde desta quinta-feira (26). Gabriel foi atingido por dois tiros quando estava em frente a uma unidade básica de saúde na Rua Boanerges Lopes, do Bairro Santa Emília, em Campo Grande. O suspeito, Jones, ex-marido da atual esposa da vítima, é procurado pela polícia.
O Campo Grande News apurou que existem vários boletins de ocorrência de ameaça, nos quais Jones atua como vítima e Gabriel como autor. Em um deles, de ameaça e injúria, registrado no dia 5 de julho deste ano, Jones procurou a polícia afirmando que recebeu mensagens com ameaças de morte pelo WhatsApp vindas de Gabriel.
"Vou te matar. Vou cuspir na sua cara. Você mexeu comigo, agora aguenta. Vou quebrar suas pernas. Você arrumou pra cabeça (sic)", relatou Jones sobre o teor das mensagens. A motivação das ameaças, assim como a do crime na tarde de ontem, ainda é desconhecida.
À reportagem, o delegado Camilo Kettenhuber afirmou que está investigando o caso e acredita que Jones tenha interesse em se apresentar à polícia. Mas ainda não conversou com o advogado do suspeito.
Entenda - Conforme apurado no local, Gabriel estava acompanhado da esposa - ex de Jones - na unidade de saúde. Lá, acabaram se encontrando casualmente e, após discussão, o atirador retornou armado e atingiu Gabriel com dois disparos no tórax.
A esposa havia dito à imprensa que o "marido tomou tiros para defender o filho", mas a informação não foi confirmada pelo delegado Camilo. "Não há nenhum indício de que o autor tenha a intenção de atirar na criança. Não coletamos nada que comprove essa intenção até o momento".
O atirador fugiu em um Renault Logan preto. Gabriel foi encaminhado para o pronto-socorro da Santa Casa por policiais militares, mas não resistiu e morreu. Já a mulher e a criança nada sofreram.
O delegado Camilo Kettenhuber afirmou que tudo aconteceu muito rápido. "Aparentemente, uma briga entre homem e mulher, que atualmente não estão mais juntos. Eles dividiam a guarda da criança, e o suspeito dos disparos tinha desentendimento com a vítima".
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