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Capital

Apesar de soco em mulher, motorista segue trabalhando no transporte coletivo

Agressão ocorreu no domingo e desde então Consórcio Guaicurus não apresentou defesa

Por Ângela Kempfer | 13/03/2024 11:45

Três dias depois de vídeo mostrar motorista de transporte coletivo dando soco em uma mulher, em Campo Grande, o funcionário segue trabalhando normalmente, sem qualquer sanção.

Desde segunda-feira, quando o caso foi divulgado pelo Campo Grande News, o Consórcio Guaicurus é consultado sobre medidas adotadas, mas só no início da tarde desta quarta-feira (13) se manifestou.

Disse que o motorista não percebeu que havia quebrado o retrovisor do veículo do Fiat Pálio, conduzido pela motorista que denunciou ter sido agredida e que, sendo assim, continuou normalmente o trajeto da linha. “O ônibus foi perseguido pela proprietária do carro e interceptado de forma abrupta o que fez tomar atitude defensiva”, também justifica o consórcio, sem informar se afastou o funcionário do trabalho.

“O caso está sendo acompanhado e devido a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) não é possível fornecer mais informações”, completa a nota enviada à reportagem.

O caso ocorreu na noite de domingo (10). O condutor do ônibus arrancou retrovisor de um carro, fugiu e foi filmado agredindo a dona do veículo. Após a fuga, a vítima perseguiu o condutor por 1,1 km no Bairro São Jorge da Lagoa e acabou levando um soco no rosto.

O Pálio que a mulher dirigia estava estacionado na Rua Fátima do Sul, na frente do comércio da dona do veículo, quando o ônibus passou e acertou o retrovisor, sem parar.

A condutora resolver seguir o veículo para exigir reparação e acabou discutindo com o homem no cruzamento da Rua Baleia com a Rua da Ilha, a 11 quadras de onde ocorreu a colisão.

“Chegando lá ela questionou: ‘porque o senhor arrancou meu retrovisor e fugiu?’. Aí ele se alterou e começou a gritar. Foi onde ela também começou a gravar ele e ele não gostou e agrediu ela com soco e xingamentos”, contou a filha que presenciou a cena.

Um fiscal do Consórcio Guaicurus foi até o local, ofereceu a reparação, mas a mulher na aceitou por considerar a reação do motorista algo sem justificativa.

(*) Matéria alterada às 13h56 para acréscimo do posicionamento do Consórcio Guaicurus.

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