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Capital

Após foto ser divulgada, suspeito de atear fogo à esposa se entrega

Gílson Ferreira procurou a 4ª Delegacia de Polícia Civil na tarde desta segunda-feira

Geisy Garnes | 12/12/2017 16:54
Adriele posa para foto ao lado de Gilson.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Adriele posa para foto ao lado de Gilson. (Foto: Arquivo Pessoal)

Gílson Ferreira da Silva, de 39 anos, suspeito de jogar gasolina e atear fogo no corpo da esposa Adriele de Fátima Soares Silva, 27 anos, se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (12). A vítima está internada em estado grave na Santa Casa de Campo Grande desde domingo (10).

De acordo com informações apuradas pela Campo Grande News, o suspeito procurou a 4ª Delegacia de Polícia Civil sozinho, sem companhia de advogado, e foi levado pelos policiais da unidade para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde o caso é investigado.

Agora, Gílson Ferreira deve prestar depoimento sobre o crime. Não há informações se ele permanecerá preso ou será liberado depois de ouvido. A reportagem tentou falar com a delegada titular da Deam, Ariene Murad, mas não teve sucesso.

Entenda - O crime aconteceu na residência do casal, no Bairro Ramez Tebet, região sul da Capital. Valdeci Soares Silva, 61 anos, pai de Adriele, contou que a filha e o marido brigaram no dia do crime. Gílson, então, a esperou dormir para atear fogo. “Ela acabou bebendo um pouco da gasolina e além das queimaduras externas também sofreu queimaduras internas”, lamenta.

Segundo Valdeci, Adriele saiu na rua pedindo socorro e foi levada por terceiros para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário. Lá, ela foi encaminhada para à Santa Casa.

Adriele continua internada em estado grave no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do hospital. Ela sofreu queimaduras de 2º grau no braço, tronco, pescoço e face, que ficou desfigurado. Além das queimaduras em 25% do corpo, a vítima inalou fumaça e teve lesão na via respiratória.

Gílson tem cinco passagens por violência doméstica e ainda é fichado por ameaça e vias de fato - esta última foi registrada pela vítima no ano passado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Adriele tem dois filho de 8 e 3 anos, que não são filhas de Gílson. Os dois estavam juntos há pouco mais de 1 ano. A vítima é irmã - por parte de pai - de Wesner Moreira da Silva, que ao 17 anos morreu após ser agredido em um lava-jato, no dia 3 de fevereiro deste ano. O rapaz ficou onze dias internado na Santa Casa e morreu após hemorragia grave e parada cardiorrespiratória.

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