Após levantamento, Semadur faz remoção de árvore com risco de cair
A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) realizou em Campo Grande um levantamento sobre as figueiras e ingazeiros localizados nas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, identificando várias situações, inclusive a necessidade de remoção, como aconteceu com uma árvore, retira neste domingo (26).
O local da remoção foi em frente à Escola Estadual Joaquim Murtinho, na avenida Afonso Pena. A retirada da figueira aconteceu durante a manhã, sendo necessário interditar a pista no sentido Aeroporto, entre as ruas Pedro Celestino e Rui Barbosa.
A figueira tinha aproximadamente 16 metros e, estima-se, foi plantada em 1930. "A remoção é reflexo da falta de cuidados contínuos. Chega um momento que não tem muita alternativa, como é o caso dessa árvore", revela o chefe da Semadur, José Marcos da Fonseca, que complementa.
"Com relação as outras espécies de árvores, vamos fazer um trabalho preventivo para a recuperação do maior número possível. Com base em laudos técnicos vamos identificar as melhores medidas para ter o manejo adequado e lutar pela sobrevivência dessas árvores", conta Fonseca sobre o trabalho que será feito.
O estudo feito em Campo Grande tem como base um trabalho da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP (Universidade de São Paulo), que mapeou e identificou problemas com as árvores de Belo Horizonte (MG).
"Lá [Belo Horizonte] foram detectadas pragas como a mosca branca e dois tipos de fungos", conta a bióloga e agente fiscal da Semadur, Karina Sandin. A pesquisa da Esalq foi feita com as mesmas espécies do estudo campo-grandense.
Apesar do canteiro central da Afonso Pena ser patrimônio tombado e não poder sofrer alterações, a retirada de árvore está prevista caso seja comprovada sua necessidade urgente, já que oferecem riscos de acidentes. Nela, foi constatada a infestação de diversas pragas, necroses no colo, fuste e ramos.
O gerente de fiscalização de Áreas Verdes da Semadur, Orcival Simões Junior, comenta que muitos motivos levaram a morte das árvores, com perda de massa folear, por exemplo. "Uma delas é a compactação do solo, porque isso dificulta a absorção pela árvore de sais mineiras e nutrientes. Outras causas são a poluição e o estresse urbano".
Ainda segundo a secretaria, a última vez que a figueira em frente ao Joaquim Murtinho recebeu tratamento foi há quatro anos. No lugar da árvore retirada, será plantada outra muda da mesma espécie.