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Capital

Após ser atropelado, jovem passa por duas cirurgias na coluna

Atropelamento aconteceu no dia 30 de dezembro de 2021, em Três Lagoas, e jovem teve múltiplas fraturas

Ana Paula Chuva | 18/01/2022 14:19
Equipe durante procedimentos cirurgicos. (Foto: Divulgação | Santa Casa)
Equipe durante procedimentos cirurgicos. (Foto: Divulgação | Santa Casa)

Jovem de 20 anos, que não teve a identidade divulgada, voltou para a casa em Três Lagoas, após passar por duas cirurgias na coluna para correção de múltiplas fraturas causadas por um atropelamento no dia 30 de dezembro de 2021. Ele foi transferido para a Santa Casa da Capital e passou pelos procedimentos no dia 4 de janeiro de 2022.

Conforme o hospital, o diagnóstico inicial do rapaz era de múltiplas fraturas na coluna e após avaliação da equipe de neurocirurgia, foi identificada lesão em três vértebras da coluna torácica e uma outra na vértebra cervical, ambas consideradas fraturas instáveis com risco de deslocamento de vértebras e lesão medular com sequelas permanentes.

Diante do diagnóstico, o paciente foi submetido a dois procedimentos cirúrgicos para correção das fraturas. O primeiro foi a fixação da coluna através de próteses de titânio chama artrodese da coluna dorsal e o segundo, osteossíntese de odontóide na coluna cervical.

“A cirurgia na coluna cervical para fratura do odontóide, apesar de ter duração em torno de 1 hora, exige muito sincronismo da equipe, pois é feita por um acesso minimamente invasivo e precisamos guiar um parafuso de forma tridimensional através do raio-X, feito em tempo real”, explicou a neurocirurgiã do hospital, Mariana Mazzuia, responsável pela primeira cirurgia.

Paciente com cicatriz nas costas após cirurgia. (Foto: Divulgação | Santa Casa)
Paciente com cicatriz nas costas após cirurgia. (Foto: Divulgação | Santa Casa)

O segundo procedimento foi conduzido pelo também neurocirurgião Wolnei Zeviani e teve uma complexidade ainda maior. “Nesta cirurgia de correção de fratura na coluna torácica, substituímos duas vértebras que sofreram esmagamento completo, por uma armação de titânio e, para tal, é utilizado um acesso cirúrgico em torno de 4 cm entre os pulmões e a medula espinhal, onde fixamos essas vértebras acima e abaixo da fratura com parafusos de titânio”, explicou Wolnei.

Além disso, o neurologista João Marcello Borba fez todo o estudo eletroneuromiográfico, que visa avaliar a função medular durante o procedimento através de eletrodos, para garantir a segurança nos procedimentos e depois de três dias internado, o paciente recebeu alta hospitalar com todos os movimentos preservados.

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