Após tiros contra torres da Máxima, Agepen faz operação pente-fino
A ação tem a participação operacionais do Cope, que atuam na retirada e contenção dos internos
Por Viviane Oliveira e Antonio Bispo | 22/05/2024 09:32
Após suspeitos atirarem contra a torre dos policiais penais no domingo (19), a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) faz uma operação pente-fino no Estabelecimento Jair Ferreira de Carvalho, localizada no Jardim Noroeste, na manhã desta quarta-feira (22), em Campo Grande. Como protocolo de segurança, são utilizadas bombas de efeito moral.
Segundo o órgão, a ação tem a participação operacionais do Cope (Comando de Operações Penitenciárias), que atuam na retirada e contenção dos internos, para que os policiais penais do presídio realizem as vistorias.
Quem foi fazer visita de interno está apreensivo, sem saber se vai conseguir entrar no presídio. A diarista Maria Inês, de 49 anos, aguardava em frente à penitenciária para visitar o filho. “Fiquei sabendo que estava tendo vistoria, mas até agora não informaram se vamos poder entrar ou não. Espero que isso não atrapalhe, porque trouxe algumas comidas para ele”, contou.
Conforme a dona de casa de 29 anos, que preferiu não se identificar, ouviu gritos e barulho de bomba. “Depois fiquei sabendo que era vistoria. Deve ser por conta desses casos do povo jogar droga ali para dentro. Não sei se vamos conseguir entrar, mas espero que sim. Vim lá do Bairro Nova Campo Grande. Gastei com motorista de aplicativo para vir e vou ter que gastar para voltar. Essa é a nossa vida”, lamentou.
Há cerca de uma semana, um bilhete foi interceptado na Gameleira I. As ameaças de morte são contra três policiais penais. Na madrugada de domingo, suspeitos atiraram contra a torre dos agentes na Máxima e, mais tarde, um dos suspeitos morreu em troca de tiros com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
No bilhete escrito à mão, as ameaças citam nomes de policiais penais e afirmam que quem "pegar primeiro, é para executar sem dó". No texto, afirma que o grupo tem ferramentas, ou seja, armas necessárias para cometer o crime e estrutura para abrigar os comparsas.
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