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Capital

Morto em atentado contra policiais penais era acusado de estupro e assassinato

Milton Cezar Santos de Souza foi morto após trocar tiro com policiais do Batalhão de Choque

Por Bruna Marques e Antonio Bispo | 20/05/2024 09:48
Milton Cezar Santos de Souza morto após trocar tiro com policiais do Batalhão de Choque (Foto: Direto das Ruas)
Milton Cezar Santos de Souza morto após trocar tiro com policiais do Batalhão de Choque (Foto: Direto das Ruas)

Milton Cezar Santos de Souza, 35 anos, conhecido como “Cezinha”, morto após atirar contra policias penais e trocar tiros com o Batalhão de Choque, na madrugada deste domingo (19), era acusado de estuprar e matar Edione Bersocana, 43, no dia 6 junho de 2022.

Edione foi encontrada sem roupa e muito machucada no prédio abandonado da antiga Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar), no Bairro Tiradentes, em Campo Grande e acabou morrendo um mês depois. Milton foi preso pelo crime em julho do mesmo ano, mas atualmente estava em liberdade.

De acordo com o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, na madrugada de domingo uma equipe foi acionada porque um grupo de pessoas estavam tentando arremessar drogas no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho.

Houve troca de tiros entre os suspeitos e os policiais penais que estavam na torre de segurança da penitenciaria, inclusive marcas de balas foram encontradas no muro da unidade.

Segundo o Rocha, o quando a equipe do Choque chegou, os policias penais passaram as características do suspeito e Milton foi localizado na Rua Adventor Divino de Almeida, nas proximidades do presídio.

“Houve o confronto e o suspeito acabou atingido por dois tiros, foi socorrido, mas morreu no UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia. O que chama a atenção é que esse número de ocorrência envolvendo pessoas tentando arremessar objetos no interior do presídio tem aumentado, inclusive há dez dias houve uma ocorrência parecida que também resultou em um confronto”, esclareceu o tenente-coronel.

Ainda conforme relato do comandante, os casos não tem ligação entre si, mas a forma de execução é parecida. “O Choque continua fazendo diligências para encontrar os outros suspeitos envolvidos nesse caso e repelir qualquer tentativa parecida na penitenciária”, esclareceu.

Torre de segurança da Máxima onde estavam policiais penais atacados na madrugada de domingo (19) (Foto: Paulo Francis)
Torre de segurança da Máxima onde estavam policiais penais atacados na madrugada de domingo (19) (Foto: Paulo Francis)

Ontem o Campo Grande News apurou que dias atrás um bilhete de ameaça foi arremessado para dentro do presídio, no papel estava escrito o nome de três servidores e um dos policias jurado de morte estava de plantão na torre da unidade na madrugada do atentado. Inclusive, O SINSAPP/MS (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul) se manifestou cobrando posicionamento da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

Sobre a denuncia de atentado e ameaça Rocha disse informou que não tem conhecimento. “Por enquanto fica como boato”, finalizou.

Outras passagens – Milton Cesar tinha extensa ficha criminal, quando adolescente foi preso por roubo e furto. Em dezembro de 2010 foi detido por dirigir sem CNH () e por portar drogas para consumo.

Em maio de 2014 o homem foi capturado por ameaça. No ano seguinte, foi novamente preso por furto. Já em 2019 o rapaz tentou furtar um caminhão com alimentos e foi pego em flagrante. Em 2020 Milton foi preso por roubo a um comércio e por violência doméstica.

No ano de 2023, Cezinha foi preso por receptação, dirigindo um veículo Renault Duster furtado. Em 2023 novamente preso tentativa de roubo e na neste fim de semana por disparo de arma de fogo.

Edione posando para foto com um dos seus filhos (Foto: reprodução / Facebook)
Edione posando para foto com um dos seus filhos (Foto: reprodução / Facebook)

Estupro - Edione Bersocana foi encontrada sem roupa e muito machucada no prédio abandonado da antiga Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar), no Bairro Tiradentes. Ela ficou em coma na Santa Casa de Campo Grande. De acordo com o hospital, com suspeita de traumatismo craniano, ela precisou ser sedada e intubada. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu um mês depois.

O crime aconteceu no dia 6 de junho. Na ocasião um catador de recicláveis contou que estava chegando em casa quando viu a mulher ferida. Ele então falou com um vizinho do local e eles acionaram equipe da PM (Polícia Militar) que pediu ajuda do Corpo de Bombeiros.

A mulher estava caída em um dos cômodos do prédio. Com uma das mãos ela tentava rastejar para o lado de fora e com a outra, segurava o sutiã contra os seios, a única peça de roupa que "vestia", mas que também estava rasgada.

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