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Capital

Assaltante de carro-forte no Ceará, morto em confronto estava em MS há 3 meses

Francisco Walisson foi encontrado pelo Bope de MS, mas apontou arma para agentes e acabou morto em confronto

Por Dayene Paz e Antonio Bispo | 15/10/2024 08:15
Casa onde Walisson estava morando com a família, no Jóquei Club. (Foto: Henrique Kawaminami)
Casa onde Walisson estava morando com a família, no Jóquei Club. (Foto: Henrique Kawaminami)

Francisco Walisson Rodrigues de Souza, de 31 anos, que morreu em troca de tiros com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, estava escondido no Estado há cerca de três meses. O tempo de estadia na Capital sul-mato-grossense coincide com a data que fugiu após tentativa frustrada de assaltar um carro-forte no Ceará.

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Francisco Walisson Rodrigues de Souza, de 34 anos, foi morto em uma troca de tiros com o Bope em Mato Grosso do Sul, após ser identificado como membro de uma quadrilha especializada em assaltos a bancos e carros-forte. Ele estava foragido desde uma tentativa frustrada de roubo no Ceará, onde um comparsa foi morto e outros três foram presos. Walisson foi localizado em sua casa no Jóquei Club e, ao tentar fugir, foi abordado pela polícia, mas reagiu com uma arma, resultando em sua morte. Durante a operação, foram apreendidos diversos armamentos e munições.

Uma vizinha do imóvel onde ele morava, na Rua Timbiras, contou que Walisson residia com a esposa e a filha pequena na casa. "Se mudou tem uns três meses, mas eram bem reservados. Eu só via eles quando iam no supermercado e passavam aqui na frente, a gente dava bom dia, cumprimentava, era só isso", conta a idosa de 63 anos.

Na noite de ontem, a moradora conta que escutou movimentação na residência vizinha. "De repente a gente viu ele em cima do telhado e atrás um monte de policial. Ele [Walisson] desceu e lá dentro da casa escutamos os tiros", relata a vizinha. "Não aparentava ser um cara errado, sempre estava bem vestido, foi uma surpresa”, completa a mulher.

A vida pacata na capital de Mato Grosso do Sul era só de fachada, segundo apuração policial. Walisson integrava uma quadrilha especializada em ataques a bancos e carros-forte, com membros do Ceará e de outros estados.

No dia 27 de junho deste ano, Walisson e outros três comparsas rondavam a cidade de Icapuí, no litoral Leste do Ceará, e a polícia já tinha informação de que eles tentariam roubar um carro-forte. Foi feita tentativa de abordagem a veículos na BR-304, mas os agentes da PM foram recebidos com tiros e revidaram. Um criminoso morreu ao ser atingido e outros três comparsas de Walisson acabaram presos.

Na ocasião, os policiais apreenderam: 4 veículos; 1 fuzil plataforma AR; 1 pistola 9mm; carregadores de fuzil; munições de fuzil; munições de calibre 9x19mm; emulsão explosiva e colete balístico.

Francisco conseguiu fugir e era procurado pela polícia desde então. Com apoio da Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) - órgão composto por agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, policiais civis e militares - foi descoberto o paradeiro dele.

Foi quando os agentes seguiram até o local, um imóvel localizado na Rua Timbiras, no Jóquei Club. Durante campana, os PMs viram o momento em que Francisco saiu em frente ao imóvel e estava sem camiseta. Ele foi reconhecido por conta de várias tatuagens que tem no braço e tórax.

Os policiais, então, tentaram a abordagem, mas Walisson correu e passou a pular muros. Ao ver que a casa estava cercada, retornou pelo telhado, mas se viu sem saída e apontou uma pistola para os agentes, que revidaram e o atingiram. Walisson foi socorrido com sinais vitais, mas morreu ao dar entrada no Hospital Regional. Com ele, os policiais encontraram quatro chips de celular e R$ 1,1 mil em dinheiro.

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